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Segunda sem carne – Entenda o movimento

segunda sem carne

Segunda-feira é o dia mundial de começar algo diferente. Baseado nessa ideia, surgiu a Segunda Sem Carne, uma campanha para incentivar as pessoas a reduzirem o consumo de produtos de origem animal.

A ideia é conscientizar sobre o impacto que um alto consumo desses produtos tem, sobre os animais, a sociedade, a saúde humana e o planeta.

 

História da Segunda Sem Carne

A Segunda Sem Carne, ou Meatless Monday, é uma campanha internacional, sem fins lucrativos, lançada nos Estados Unidos em 2003 por Sid Lerner, fundador do The Monday Campaigns em associação com o programa Center for a Livable Future (Centro para um Futuro Vivível) da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg.

O The Monday Campaigns é uma iniciativa americana de saúde pública que visa a melhora de comportamentos relacionados à saúde, como a nutrição, a atividade física, o manejo do estresse e a cessação do tabagismo.

No Brasil, a Segunda Sem Carne foi lançada em 2009, com o apoio da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

E por que segunda-feira? Porque segundo as pesquisas, segunda-feira é o dia em que as pessoas mais se abrem a fazer mudanças positivas.

Pensando nisso, a campanha sugere este dia para fornecer uma mensagem para “pular carne uma vez por semana”, já que a segunda-feira é o dia de agir. Assim, mais pessoas se animam a aderir ao movimento e o impacto positivo da redução do consumo de carnes é maior.

Afinal, começar a semana sem carnes, leva as pessoas a consumirem mais proteínas vegetais, frutas, legumes e verduras – podendo aderir até mesmo no restante da semana, ou mesmo em algumas refeições, o que também ajuda.

A Segunda Sem Carne foi adotada não apenas por pessoas, mas também por restaurantes, escolas, hospitais, mídia e comunidades inteiras em mais de 40 países.

 

Qual o impacto?

Comer menos carne e mais alimentos vegetais saudáveis, além de preservar a vida dos animais, ajuda a reduzir a incidência de doenças crônicas, já que a proteína pode ser obtida por fontes vegetais que são ricos em fibras e antioxidantes, não encontrados nas carnes.

E não para por aí, porque também preserva terras e recursos hídricos preciosos, além de combater as mudanças climáticas.

Por exemplo, diminuir 1 ovo, 2 filés de frango e 2 copos de leite, por dia, impacta em:

  • 10mil vidas animais poupadas
  • 11kg de CO2 deixam de ser emitidos na atmosfera
  • 60 litros de água deixam de ser retirados de reservatórios de água doce
  • Aumento no consumo de fibras e antioxidantes pelas pessoas

 

E o impacto do aumento do consumo de fibras é:

  • Regular a microbiota intestinal
  • Fortalecer o sistema imunológico
  • Controlar o colesterol
  • Controlar a glicemia
  • Auxiliar a perda de peso

 

Já os antioxidantes, contribuem para combater os radicais livres, preservando os tecidos dos órgãos que, inclusive, melhora a aparência da pele e previne o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, resistência à insulina, diabetes, dislipidemias e doenças cardiovasculares.

 

Como substituir na alimentação?

As carnes, aves, peixes, ovos e lácteos são fontes de proteína de alto valor biológico (PAVB), gorduras ômega 3, vitaminas do complexo B, em especial a vitamina B12, e minerais como o ferro, o zinco, o iodo, o cálcio e o cobre.

É claro que apenas 1 dia na semana não impactará em desnutrição. Mas se deseja reduzir o consumo de produtos de origem animal por mais tempo, esses nutrientes são completamente possíveis de substituir – com exceção da vitamina B12, cujos estoques podem durar até 5 anos no organismo (ou seja, a menos que você seja vegano/vegetariano há mais de 5 anos, não é motivo de preocupação).

As proteínas de alto valor biológico de fonte vegetal podem ser obtidas por 2 colheres de sopa de cereais (arroz, milho, trigo, aveia) para 1 colher de sopa de leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja, grão de bico), pois, em combinação, fornecem todos os aminoácidos essenciais – e outros alimentos como o tofu, o tempê e o amendoim.

As gorduras poliinsaturadas ômega 3, encontradas nos peixes e frutos do mar, podem ser obtidas pelas sementes, como a chia e a linhaça.

Já as vitaminas e os minerais são encontrados, além dos cereais e leguminosas, nas frutas, legumes, verduras, castanhas e sementes.

 

Conclusão

Não precisa ser radical, oito ou oitenta.

Não precisa virar vegano, mas também não precisa fazer churrasco todo fim de semana. Apenas reduzir o consumo de produtos de origem animal já muda muita coisa.

E não precisa ser necessariamente na segunda, pode ser na terça, na quarta, na quinta ou em refeições aleatórias ao longo da semana.

O importante é estarmos conscientes em fazer o nosso melhor dentro das nossas possibilidades.

Nossa saúde depende da saúde do planeta e do meio ambiente, afinal, é uma questão do indivíduo para o coletivo – e vice-versa.

No nosso Caderno de Receitas você encontra opções deliciosas e super nutritivas para se inspirar, como hambúrguer de grão de bico, feijoada vegana, homus e muito mais.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

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