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Diferença entre resistência à insulina e pré-diabetes

Diferença entre resistência à insulina e pré-diabetes

A dúvida sobre a diferença entre resistência à insulina e pré-diabetes é muito comum, já que ambas são precursoras da diabetes mellitus tipo 2 e podem estar inter-relacionadas.

A pré-diabetes é uma fase que antecede o diabetes tipo 2, na qual os níveis de glicose no sangue em jejum ficam entre 100 e 125 mg/dl, podendo ser desencadeada pela resistência à insulina.

Já a resistência à insulina acontece quando as células do corpo não respondem adequadamente a ação deste hormônio, ainda que os níveis de glicose em jejum permaneçam normais, inferiores a 99 mg/dl. Se não tratada, pode levar o pâncreas a diminuir a produção de insulina, aumentando os níveis de glicose no sangue e levando à pré-diabetes ou à diabetes.

 

Diferença entre resistência à insulina e pré-diabetes

A resistência à insulina é uma condição na qual as células do corpo não respondem adequadamente à ação da insulina.

Como as células não conseguem captar glicose de forma eficaz, o pâncreas acaba produzindo insulina em excesso. Se não tratada, a produção de insulina fica debilitada, levando a um acúmulo de glicose no sangue, que pode ser diagnosticado como pré-diabetes ou diabetes.

O diagnóstico da resistência à insulina geralmente é feito através de uma combinação de fatores, incluindo histórico clínico, exame físico e testes laboratoriais.

Os exames mais comuns incluem a medição da glicemia em jejum, o teste de tolerância à glicose e a dosagem de insulina no sangue. Além disso, a hemoglobina glicada e outros marcadores metabólicos também podem ser avaliados.

Além das características de cada uma delas, veja a diferença entre resistência à insulina e pré-diabetes de acordo com os valores de referência dos exames geralmente solicitados:

 

  1. Exame de glicemia de jejum

O exame de glicemia de jejum é feito ao colher uma amostra de sangue para ser analisada em laboratório. Para realizá-lo é preciso estar de 8 a 12 horas em jejum. Os valores de referência são:

  • Normal: inferior a 99 mg/dL
  • Pré-diabetes: entre 100 mg/dL e 125 mg/dL
  • Diabetes: igual ou superior a 126 mg/dL pelo menos em dois exames.

Durante a resistência à insulina os níveis de glicose ainda podem estar equilibrados no sangue, porque o organismo estimula o pâncreas a produzir maiores quantidades de insulina para manter os níveis de glicose normais – daí a importância de avaliar os demais exames a seguir.

 

  1. Teste oral de intolerância à glicose (TOTG)

Este teste é feito através da medição do valor da glicose no sangue antes e 2 horas depois de ingerir 75g de glicose dissolvida em água. Para realizá-lo também é preciso estar de 8 a 12 horas em jejum.  Os valores de referência são:

  • Normal: até 140 mg/dl
  • Pré-diabetes: entre 140 e 199 mg/dl
  • Diabetes: igual ou superior a 200 mg/dl

O teste oral de tolerância à glicose, ou curva glicêmica costuma ser solicitado somente quando o exame de glicose em jejum está alterado. Ainda assim, não é possível diagnosticar a resistência à insulina apenas através deste exame.

 

  1. Índices de HOMA

O índice de HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance – em português, Avaliação do Modelo de Homeostase da Resistência à Insulina) avalia a relação entre a glicose em jejum e a produção de insulina para a sua manutenção. Além disso, também pode ser calculado o HOMA-beta, que avalia a atividade das células beta pancreáticas, produtoras de insulina. Associado aos demais exames acima, ele oferece mais precisão para o diagnóstico.

Os valores de referência podem variar de acordo com cada laboratório ou quando o paciente tem um Índice de Massa Corporal (IMC) muito alto, mas costumam ser:

  • HOMA-IR: inferior a 2,5
  • HOMA-Beta: entre 167 e 175

Através dos resultados dos exames, o médico irá cruzar os dados, visando identificar sinais de resistência à insulina e avaliar o risco de complicações metabólicas.

 

  1. Hemoglobina glicada

Para o diagnóstico da pré-diabetes, além dos exames acima, pode ser solicitado o exame de hemoglobina glicada, que avalia o nível médio de glicose no sangue ao longo de um período de cerca de dois a três meses. Os valores de referência são:

  • Normal: 4,5 a 5,6%
  • Pré-diabetes: 5,7 a 6,4%
  • Diabetes: > 6,5%

A pré-diabetes é uma condição intermediária entre a glicemia normal e o diabetes tipo 2. Ela é caracterizada por níveis de glicose no sangue mais elevados do que o normal, mas ainda não altos o suficiente para serem diagnosticados como diabetes.

 

Conclusão

Gostou de saber mais sobre a diferença entre resistência à insulina e pré-diabetes?

Como vimos, a resistência à insulina e a pré-diabetes são duas condições diferentes, mas relacionadas. Enquanto a resistência à insulina envolve uma resposta diminuída das células à ação da insulina, a pré-diabetes é uma fase intermediária entre a glicemia normal e o diabetes tipo 2, muitas vezes associada à resistência à insulina.

É importante reconhecer que a resistência à insulina, a pré-diabetes e a diabetes tipo 2 estão interligadas, compartilhando fatores de risco e consequências para a saúde. Identificar e tratar essas condições precocemente é fundamental para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.

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Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

Referências:

Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Update 2-2023. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/

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