Sinais comuns de deficiência de ferro

A deficiência de ferro é uma das carências nutricionais mais comuns em todo o mundo, afetando milhões de pessoas de todas as idades. Entre os sinais comuns de deficiência de ferro estão a fadiga excessiva, palidez, queda de cabelo, unhas quebradiças, falta de ar e baixa imunidade.

 

Sinais comuns de deficiência de ferro

O ferro é um mineral essencial para a produção de hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio dos pulmões para o resto do corpo. Além disso, o ferro é essencial para a função muscular, o metabolismo energético e o desenvolvimento cognitivo.

Quando os níveis de ferro no corpo estão baixos, a produção de hemoglobina diminui, o que pode levar à anemia ferropriva, a forma mais comum de anemia.

A anemia por deficiência de ferro é a deficiência nutricional de maior magnitude no Brasil, e acomete principalmente crianças, mulheres em idade fértil e gestantes, uma vez que, nesses casos, há uma maior demanda do mineral pelo organismo.

A anemia ferropriva é caracterizada pela redução dos níveis de hemoglobina, pela carência do mineral ferro ou por excreção em demasia, ou seja, é um desbalanço entre a quantidade de ferro biodisponível absorvido da dieta e a necessidade de ferro do organismo.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2008), a prevalência é maior em crianças menores de 5 anos (50%), seguido de mulheres gestantes (40%) e não gestantes em idade reprodutiva (30%).

Os sinais comuns de deficiência de ferro, incluem:

 

1. Fadiga excessiva e fraqueza

Um dos sinais mais comuns de deficiência de ferro é a fadiga constante. Isso ocorre porque o corpo não tem ferro suficiente para produzir hemoglobina, resultando em menos oxigênio sendo transportado para os músculos e tecidos. Como resultado, vem o cansaço o tempo todo, mesmo após uma boa noite de sono. A fraqueza muscular também é comum, pois os músculos precisam de oxigênio para funcionar corretamente. Essa combinação de fadiga e fraqueza pode prejudicar a capacidade de realizar atividades diárias, tornando tarefas simples, como subir escadas ou carregar compras, mais difíceis.

 

2. Palidez

A palidez é outro sintoma característico da deficiência de ferro. A hemoglobina é responsável pela cor vermelha do sangue, e quando seus níveis estão baixos, a pele pode parecer mais pálida. Isso é especialmente visível no rosto, nas pálpebras internas e nas unhas. Em casos mais graves, a palidez pode ser acompanhada de uma sensação de frio constante, já que a falta de ferro afeta a capacidade do corpo de regular a temperatura.

 

3. Falta de ar e palpitações

A deficiência de ferro pode causar falta de ar, mesmo durante atividades leves. Isso ocorre porque o corpo está recebendo menos oxigênio do que o necessário. Além disso, o coração precisa trabalhar mais para compensar a falta de oxigênio, o que pode resultar em palpitações ou batimentos cardíacos irregulares. Quando se fica sem fôlego facilmente ou quando o coração está batendo mais rápido do que o normal, é importante considerar a possibilidade de deficiência de ferro e consultar um médico ou um nutricionista.

 

4. Queda de cabelo e unhas quebradiças

A queda de cabelo é um sintoma comum, pois o corpo prioriza o fornecimento de oxigênio para os órgãos vitais, deixando o cabelo sem os nutrientes necessários. As unhas podem se tornar finas, quebradiças e até desenvolverem uma forma côncava conhecida como “unhas em colher”. Embora esses sintomas possam ter várias causas, a deficiência de ferro é uma das mais comuns.

 

5. Baixa imunidade

O ferro é um mineral essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico, ajudando o corpo a combater infecções. A deficiência de ferro pode enfraquecer a resposta imunológica, aumentando a suscetibilidade a infecções recorrentes, como resfriados e gripes. Se você perceber que está adoecendo com frequência, pode ser um sinal de que seus níveis de ferro estão baixos.

 

6. Síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio neurológico que causa um desejo irresistível de mover as pernas, geralmente acompanhado de sensações desconfortáveis. Embora as causas dessa condição não sejam completamente compreendidas, a deficiência de ferro é um fator de risco conhecido. Muitas pessoas com essa condição relatam uma melhora nos sintomas após o aumento da ingestão de ferro.

 

Se você identificar sinais comuns de deficiência de ferro em seu corpo, é essencial procurar orientação médica. O diagnóstico geralmente é feito através de exames de sangue, que, geralmente, mede os níveis de ferro, hemoglobina, transferrina e ferritina.

O tratamento inclui o aumento no consumo de alimentos ricos em ferro, como carnes vermelhas, feijão, lentilhas, vegetais de folhas verdes escuras, dentre outros, como você pode conferir com mais detalhes no post “Melhores alimentos para prevenir a anemia ferropriva”.

A suplementação de ferro também pode ser necessária.

A prevenção da deficiência de ferro começa com uma dieta equilibrada e rica em alimentos que contêm ferro.

Existem dois tipos de ferro na dieta: o ferro heme, encontrado em alimentos de origem animal, e o ferro não-heme, encontrado em alimentos vegetais.

O ferro heme é mais facilmente absorvido pelo corpo, por isso é importante incluir carnes, aves e peixes na alimentação.

Para quem segue uma dieta vegetariana ou vegana, combinar alimentos ricos em ferro com fontes de vitamina C, como frutas cítricas, pode melhorar a absorção de ferro não-heme. Além disso, é importante evitar fatores que podem interferir na absorção de ferro, como o consumo excessivo de chá e café, que contêm compostos chamados taninos que podem inibir a absorção de ferro.

 

Conclusão

Identificar os sinais comuns de deficiência de ferro e agir rapidamente pode prevenir complicações graves, como a anemia ferropriva.

Se você suspeita que pode estar com deficiência de ferro, consulte um nutricionista para um diagnóstico e tratamento adequados.

Manter uma dieta equilibrada e rica em ferro é fundamental para garantir que seu corpo tenha os nutrientes necessários para funcionar de maneira eficiente e saudável.

 

Livia Freitas (CRN/SP 3 82983) e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.