Para quem deseja emagrecer, é essencial conhecer as quatro etapas naturais do processo de emagrecimento. Isso é importante não apenas para alinhar expectativas, mas também para definir quais estratégias são mais eficazes em cada fase.
O processo de emagrecimento passa por quatro etapas principais: a perda de peso rápida, em que se perde água devido à redução de glicogênio e insulina; a perda de peso lenta, quando o corpo começa a queimar gordura; o efeito platô, onde o peso estagna e ajustes na dieta e exercícios podem ser necessários; e a fase de manutenção, em que é preciso manter uma alimentação equilibrada para sustentar o peso perdido e preservar a saúde a longo prazo.
Conheça as 4 etapas naturais do processo de emagrecimento
As quatro etapas naturais do processo de emagrecimento são “naturais”, porque são comuns a todos.
O corpo humano sempre busca manter sua homeostase, ou seja, seu equilíbrio interno. Nos primeiros dias de dieta, a perda de água ocorre devido à diminuição de glicogênio e insulina, mas, ao longo do tempo, quando o organismo começa a perder gordura, ele pode reagir de forma a tentar preservar suas reservas de energia, especialmente se a perda for muito rápida. Esse mecanismo de proteção é uma resposta natural do corpo para manter-se em equilíbrio e garantir sua sobrevivência, tornando o emagrecimento gradual uma estratégia mais sustentável e saudável.
Entender as etapas naturais do processo de emagrecimento é importante não apenas para alinhar expectativas e se preparar psicologicamente, mas também para definir, junto ao seu nutricionista, quais estratégias são mais eficazes em cada fase.
- Perda de peso rápida
A perda de peso rápida é a primeira fase e não deve ser confundida com emagrecimento rápido. Entender a diferença entre emagrecer e perder peso é importante para melhor compreensão desta fase.
Perder peso não é o mesmo que perder gordura. Nesta etapa, o corpo usa suas reservas de glicogênio, que são armazenamentos de glicose que contêm bastante água. À medida que esses estoques são utilizados, o corpo também libera a água associada a eles. Além disso, ao reduzir a ingestão calórica, os níveis de insulina no sangue caem. A insulina é um hormônio que leva glicose e outros nutrientes até as células, e que também contribui para a retenção de líquidos, então, quando seus níveis diminuem, o corpo tende a eliminar ainda mais água. Essa combinação de fatores explica por que a perda de peso é rápida nos primeiros dias: estamos perdendo mais água do que gordura.
- Perda de peso lenta
Após a fase inicial, a perda de peso desacelera, porque o corpo começa a eliminar predominantemente a gordura. Este processo é mais lento e, por isso, é essencial manter a constância e a disciplina. Nessa fase, é ainda mais importante adotar hábitos que se encaixem na sua rotina e preferências, ao invés de seguir dietas da moda que podem ser insustentáveis a longo prazo.
Para manter a motivação, estabeleça metas que vão além da perda de gordura, como preparar mais refeições saudáveis em casa e incorporar novos exercícios na rotina. Pequenas mudanças, como experimentar novas frutas, legumes e verduras, experimentar receitas saudáveis, optar por restaurantes e deliverys mais saudáveis e nutritivos e se organizar melhor para as refeições, podem tornar o processo mais satisfatório. Esse estilo de vida saudável deve se tornar algo natural, onde o emagrecimento é uma consequência desses hábitos e não o único foco.
- Efeito platô ou reganho de gordura
É comum, em qualquer processo de emagrecimento, enfrentar um período de platô, onde o corpo parece estagnar. Ou mesmo haver um reganho de parte da gordura perdida.
Esse efeito pode ocorrer tanto por questões fisiológicas quanto comportamentais. Durante o platô, o metabolismo pode se adaptar à nova ingestão calórica, tornando mais difícil a perda de peso. Esse é um momento crítico e desafiador, pois pode desmotivar algumas pessoas.
Para superar o efeito platô, é recomendável ajustar a alimentação e o plano de atividades físicas. Um nutricionista é fundamental, ajudando a reavaliar e adaptar a dieta conforme as necessidades do corpo. Ajustes estratégicos e personalizados são, muitas vezes, o que precisamos para continuar progredindo.
Para saber mais, confira o post ‘Por que pode ser difícil manter o peso perdido? ”.
- Manutenção do emagrecimento
A fase de manutenção é essencial para consolidar o emagrecimento alcançado. Após emagrecer, é necessário entender que a dieta nunca volta a ser como a anterior, antes do emagrecimento. Afinal, o corpo está menor, então é preciso uma dieta que reflita o corpo mais magro – o que não significa menos comida, necessariamente, mas uma alimentação de qualidade em quantidades adequadas. Esta etapa envolve uma nova relação com a comida, que normalmente será mais equilibrada e prazerosa do que no início da jornada.
A manutenção requer que você continue cuidando da alimentação e do estilo de vida. O processo de emagrecimento é também um processo de autoconhecimento, onde você descobre quais alimentos e hábitos saudáveis o agradam tanto quanto – ou mais – do que as opções que antecederam o processo de emagrecimento. Ao entender que a saúde é um processo contínuo, a nutrição torna-se uma aliada para um estilo de vida longevo e sustentável.
O acompanhamento nutricional nas quatro etapas
Lidar com essas quatro etapas não precisa ser um desafio solitário. Um nutricionista pode ajudar não só com o planejamento alimentar, mas também com questões comportamentais que surgem durante o processo. Com o apoio de um profissional, você será guiado por cada fase, com ajustes que respeitam suas necessidades e objetivos, ajudando você a alcançar e manter o peso desejado de forma saudável e eficiente.
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Livia Freitas (CRN/SP 3 82983) e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.