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Déficit calórico é o mais importante para emagrecer?

déficit calórico é o mais importante para emagrecer

Certamente você já ouviu falar que déficit calórico é o mais importante para emagrecer. Mas será mesmo o único e mais importante quesito para um emagrecimento saudável e sustentável?

Sem dúvidas, o déficit calórico é essencial, afinal, o corpo só utilizará as reservas de gorduras se houver demanda, ou seja, se gastar mais calorias do que consumir.

Mas será que contar calorias é a melhor forma para emagrecer de forma saudável e sustentável? Com certeza, não. E no post de hoje eu vou te explicar o porquê.

 

Déficit calórico é o mais importante para emagrecer?

A afirmativa “déficit calórico é o mais importante para emagrecer” obviamente não deixa de ser falsa, no entanto, mais do que pensar em déficit calórico, o melhor a fazer quando o assunto é emagrecimento saudável e sustentável, é atentar-se na qualidade da alimentação.

Afinal, você já viu alguém ganhar gordura porque comeu muitas frutas, legumes, verduras, grãos, ovos, peixes, carnes em geral, e os alimentos menos saudáveis com moderação?

Inclusive, com uma alimentação mais natural e nutritiva, a fome tende a diminuir, de forma que é possível até mesmo entrar no tal “déficit calórico” naturalmente.

É claro que mesmo alimentos saudáveis, quando em excesso, favorecem o ganho de gordura, então se você já come saudável e mesmo assim não atingiu seus objetivos no emagrecimento, é importante consultar um nutricionista.

Mas entenda: o principal motivo pelo qual o corpo acumula gordura em excesso, é a alta ingestão de alimentos refinados, como pães, bolos, doces, salgados e refrigerantes açucarados.

Esses alimentos são conhecidos por conterem “calorias vazias”: contém muitas calorias e pouco ou nenhum nutriente. Eles são elaborados a partir de carboidratos refinados, açúcares simples e gorduras saturadas, trans ou hidrogenadas e impactam da seguinte forma no metabolismo:

  • Exigem pouco trabalho do organismo para fazer a digestão, afinal, os carboidratos já estão na sua forma mais refinada.
  • São absorvidos em uma velocidade muito alta, elevando rapidamente a glicemia, ou seja, têm alto índice glicêmico.
  • O alto impacto na glicemia prejudica a saciedade e aumenta a fome pouco tempo após o consumo do alimento, aumentando a necessidade de comida, além de contribuir para a resistência à insulina e diabetes.
  • Resultado: por receber muita energia de uma vez, o corpo vê a necessidade de armazená-la, gerando um acúmulo excessivo de gordura subcutânea e visceral.
  • A presença de gordura visceral e a descarga excessiva de insulina pelo pâncreas, são as causas do aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, dislipidemias, etc.
  • Pode haver insuficiência ou deficiência de alguma vitamina ou mineral, prejudicando a produção de células, de neurotransmissores, entre outras.

 

Por isso, quando melhoramos a qualidade da alimentação, ou seja, quando ingerimos alimentos com calorias repletas de nutrientes essenciais e fibras, o metabolismo trabalha de maneira diferente, afinal, a composição nutricional do alimento é diferente.

É muito mais interessante focar em uma alimentação mais saudável na maior parte do tempo e limitar o consumo de alimentos menos saudáveis em 1 porção, do que exagerar no consumo baseado em subtrações de calorias.

 

Uma caloria nem sempre é igual à outra caloria

Essa frase famosa no mundo da nutrição significa que as calorias não são todas iguais.

Usando o exemplo de um bombom e de uma maçã, ambos têm a mesma quantidade de calorias. No entanto, apresentam composições nutricionais diferentes.

O bombom é, em geral, um alimento rico em açúcares refinados e gorduras de má qualidade, ausente em vitaminas e minerais. Já a maçã é um alimento extremamente rico em fibras solúveis e insolúveis, antioxidantes, carboidratos complexos, vitaminas A, C, E e do complexo B e minerais como cálcio e potássio.

Assim, quando consumimos alimentos integrais, o metabolismo responde da seguinte forma

  • O corpo trabalha mais para quebrar e digerir esses alimentos, aumentando a taxa metabólica basal, que é a quantidade de calorias que o organismo precisa para manter suas funções vitais (digestão, respiração, batimentos cardíacos, movimentos peristálticos, etc.), gastando mais energia.
  • Os carboidratos complexos são absorvidos de maneira gradual, mantendo a glicemia mais estável e constante.
  • O baixo impacto na glicemia melhora a sensibilidade à insulina, o que aumenta a saciedade e diminui a fome.
  • Devido à liberação gradual de calorias vindas dos alimentos, o corpo prioriza a utilização da gordura corporal como fonte de energia.
  • A chance desses carboidratos se acumularem na forma de gordura corporal é muito menor.
  • O aumento na sensação de saciedade reflete em uma ingestão menor de alimentos, o que pode levar, naturalmente, ao déficit calórico, gerando um emagrecimento mais saudável e sustentável.

 

Além disso tudo, ainda utilizando a maçã como exemplo, sua composição também impacta na nutrição do organismo:

  • As fibras insolúveis auxiliam o trânsito intestinal.
  • As fibras solúveis aumentam a sensação de saciedade (não apenas por preencher o estômago, mas por sinalizar ao hipotálamo que estamos saciados, assim como as proteínas), regulam o intestino e melhoram a saúde cardiovascular.
  • Os antioxidantes protegem todos os tecidos do corpo contra os radicais livres, tanto dos órgãos quanto da pele.
  • As vitaminas e minerais são essenciais em todas as reações do metabolismo, inclusive para produção de hormônios, de colágeno, de neurotransmissores, para e regeneração da pele e das células do sangue, etc.

 

Portanto, não foque nas calorias, foque em ter uma alimentação mais saudável e sem exageros na maior parte do tempo.

 

Conclusão

Entendeu por que precisamos pensar mais na qualidade da alimentação e menos na afirmativa de que o “déficit calórico é o mais importante para emagrecer”?

Focar mais na qualidade da alimentação ao invés de focar em uma “conta de menos” é mais efetivo para um emagrecimento saudável, sustentável, natural e nutritivo.

Se você já segue uma rotina de alimentação saudável aliada à prática de atividades físicas, comer alimentos menos saudáveis eventualmente não fará mal algum. Basta voltar à sua rotina de alimentação saudável normalmente.

Se precisar, procure um nutricionista para te auxiliar.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

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