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O Café do Juliel Moído é certificado por fair trade (comércio justo) de origem singular e especial – classificado acima de 80 pontos pela Associação Internacional de Cafés Especiais – SCA (Specialty Coffee Association).
Região: Sítio Quebra Machado – Poço Fundo, Sul de Minas
Variedade: Catuai Amarelo
Processamento: Natural.
Safra: 19/20.
Torra: Média.
Altitude: 980 metros.
Notas sensoriais: Café licoroso com notas de frutas vermelhas, caramelo e especiarias.
Desde os 10 anos de idade o Juliel já ia para roça com o Pai para ajudá-lo nas lavouras de café. Depois que se formou no terceiro ano do ensino médio escolheu ficar na cafeicultura definitivamente. “Nasci na roça e sempre trabalhei com café. Com café e um pouquinho de gado”, ele conta. Apesar das doenças que atacam as lavouras ele está tocando bem os cafezais e produzindo uma bebida de qualidade. Hoje o manejo da lavoura do Juliel é feito conforme os protocolos da certificação Fair Tarde (comércio justo) e ele pensa em passar uma parte da lavoura para orgânico. Ele quer produzir com menos agrotóxico, mais qualidade e com amor no que está fazendo. “Aqui na propriedade a gente faz de tudo para não jogar agrotóxico na terra”, diz. Motivo pelo qual ele se cooperou a Coopfam (Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região) cujas intenções estão alinhadas na preservação do meio ambiente.
Para este café especial do Juliel ele conta que teve um pouco de sorte: “O café acabou molhando um pouco no terreiro, eu coloquei ele no secador, deixei como se diz no ar umas 20h e depois pus um foguinho pouco nele, fui apertando o fogo e sequei normal”. Este capricho no pós colheita foi o que garantiu neste lote da safra 19/20 uma bebida especial de 86 pontos pela SCA – Specialty Coffee Association (Associação internacional de cafés especiais).
O plano de empreender e fundar o Café Abraço surgiu em 2010. Eu (Débora) trabalhei em um projeto na área da cafeicultura em uma região do estado de MG, conhecida como Matas de Minas. Tínhamos por objetivo entender como aquela região poderia se tornar mais reconhecida e competitiva no setor. Em uma das minhas idas à região visitamos uma Associação de café Fair Trade (comércio justo). Fiquei muito tocada com todos os desafios e obstáculos que os produtores compartilharam conosco. Saí emocionada da reunião, com lágrimas nos olhos e refletindo sobre como eu poderia, de fato, ajudar os pequenos cafeicultores a serem melhor remunerados e reconhecidos para poderem trabalhar de forma digna e saudável em suas propriedades.
As dores sentidas na agricultura familiar pelo pequeno agricultor fizeram o Café Abraço nascer. A dor do uso excessivo do veneno e do envenenamento massivo da terra, dos ecossitemas e das pessoas, a dor do pequeno cafeicultor – de ser um agente invisível, remunerado na maioria dos casos injustamente e sem reconhecimento justo de seu trabalho. A dor de não ver a assistência técnica e tecnologia serem acessíveis ao pequeno produtor, na maioria dos casos. A dor de ver a desconexão das pessoas com a origem dos alimentos. A dor de ver a pouca consciência no consumo dos alimentos e no conhecimento do que é saudável, limpo e justo. A dor de sermos o maior produtor de café do mundo e ainda conhecermos pouco sobre a qualidade e diversidade dos cafés que produzimos nessa terra riquíssima que é o Brasil.
Café torrado e moído. NÃO CONTÉM GLÚTEN.
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