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Dieta não é sinônimo de restrição

Dieta não é sinônimo de restrição

A palavra “dieta” assusta muita gente, mas, ao investigar a sua etimologia, vemos que ela deriva do grego “díaita” e significa modo de vida. Extrapolando o conceito para a alimentação, dieta significa modo de se alimentar, e não é sinônimo de restrição.

 

Dieta não é sinônimo de restrição

O modo de se alimentar deve ter uma base saudável, composta em grande parte por alimentos in natura.

Dentro de um modo de se alimentar saudável, pode ser preciso definir estratégias específicas para determinados desfechos em saúde, as quais terão começo, meio e fim, e que também podem ser chamadas de dieta.

A verdade é que todo mundo segue uma dieta, o que não significa necessariamente uma restrição – embora, no mundo atual, a alta oferta de alimentos ricos em energia e a facilidade em obtê-los, demande cautela no consumo.

Então a questão é: quais alimentos compõem essa dieta e em qual quantidade? Qual o seu impacto para a saúde considerando a individualidade? Qual a finalidade em buscar determinadas estratégias alimentares?

 

Milagres não existem: em que informações posso confiar?

Com o desenvolvimento do mundo virtual e junto a todas as possibilidades que surgiram com ele, uma grande quantidade de informação e desinformação sobre saúde se espalhou pela internet. Com a dificuldade de conseguir filtrar conteúdos de qualidade, o leitor deve cada vez mais desconfiar de grandes promessas.

Na maioria das vezes, as informações ruins, ou vêm sem referências claras ou são embasadas por opiniões, em vídeos curtos, de maneira muito superficial.

Quando se trata de saúde, prometem resultados extraordinários, soluções quase que instantâneas para problemas que, por vezes, não têm causa real aparente.

É muito comum também usar uma única variável como culpada: “O carboidrato é responsável pela obesidade” ou “O glúten é responsável por causar inflamação sistêmica”. Quando na verdade estes problemas dependem de uma infinidade de fatores que precisam de uma visão holística, ou seja, que observe todas as possíveis variáveis que possam interferir na saúde de cada indivíduo.

Estes, que têm um conjunto de características únicas ⎼ sociais, culturais, psicológicas, e de várias outras áreas da saúde ⎼ que devem ser sempre respeitadas por profissionais da saúde e comunicadores.

Quando temos um problema no carro, levamos a um mecânico de confiança. Quando temos um problema na rede elétrica, chamamos o eletricista. Quando temos uma questão psicológica, vamos ao psicólogo e/ou psiquiatra. Um problema no estômago? Vamos ao médico gastroenterologista. Quando precisamos de uma prescrição dietética?  Vamos a um nutricionista. E por isso, uma orientação de saúde, em boa parte dos casos, deve ser dada de maneira individual e especializada.

Mas, muitas vezes, na tentativa de encontrar soluções imediatistas, e com a grande oferta de produtos industrializados e textos comerciais, que nos prometem agilidade, é tentador acreditar nestas “soluções práticas” sem muito questionar.

Na dúvida, procure e compare informações e documentos de órgãos federais ⎼ como por exemplo o GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA que é referência mundial em educação alimentar acessível, na conceituação dos tipos de alimentos e como se alimentar de maneira equilibrada.

Também consulte conselhos das classes ⎼ ex: Conselhos das classes de saúde como o CFM (Conselho Federal de Medicina); CFN (Conselho federal de nutricionistas).

Duvide sempre de promessas extraordinárias, extremas e imediatistas. Aposte sempre no equilíbrio, na constância, nos sinais e sensações do corpo e consulte sempre que possível profissionais especializados em cada área da saúde, para ter diagnósticos precisos, e protocolos assertivos e eficientes.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

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