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5 formas de reduzir a pegada hídrica animal

5 formas de reduzir a pegada hídrica animal

Um estudo promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) demonstrou que a pegada hídrica de um bovino pode variar até 7 mil litros por quilo. O que isso significa, qual é o comparativo com a produção de vegetais e quais são as diferentes formas de reduzir a pegada hídrica animal?

Tem sido cada vez mais comum nos documentários voltados à sustentabilidade a réplica de um dos maiores problemas na produção da carne animal como principal fonte de proteína para o ser humano: a pegada hídrica. A pegada hídrica é todo o consumo direto e indireto de água para determinado fim. Geralmente é utilizada para medir o consumo médio de água das pessoas ou a quantidade de água necessária para a produção de diferentes tipos de proteínas. 

Um estudo conduzido pela Embrapa sobre a pegada hídrica dos bovinos nos mostrou que ainda existem muitos avanços a serem feitos na área de mapeamento do gasto desses recursos hídricos. A pesquisa constatou que a pegada hídrica dos bovinos varia de 29 a 32 mil litros de água por quilo de carcaça. Além disso, a pesquisa também conseguiu fornecer evidências de que é necessário fazer considerações particulares a cada animal para determinar uma melhor produtividade dos recursos hídricos.

 

Quais são as diferenças entre a pegada hídrica animal e vegetal?

O agronegócio é comumente listado como uma das principais atividades econômicas que demandam o gasto de água. De acordo com a Water Footprint — entidade internacional formada por universidades e organizações multilaterais — , 66% de toda a água da economia é usada na agropecuária. Não à toa, pois há o contato da água com o preparo do solo, o cultivo e também a alimentação do gado. Mas afinal, há muita diferença nos números da pegada hídrica entre a produção de vegetais e a proteína animal que chegam às nossas mesas?

Outros dados obtidos pela Water Footprint também trouxeram à tona alguns dados relativos à pegada hídrica de alimentos usados no cotidiano. Acompanhe abaixo alguns destes dados:

  • 1 kg de carne de boi: 15.415 litros;
  • 1 kg de arroz: 2.497 litros;
  • 1 litro de leite: 1.020 litros;
  • 1 kg de banana: 790 litros;
  • 1 kg de batata: 287 litros.

Contudo, é importante ressaltar que mesmo com pegadas hídricas distantes, os cereais, vegetais e as leguminosas ainda possuem formas próprias de fazer um retorno à natureza dessa água utilizada durante as etapas de produção. São elas:

  • Evaporação: água direto do solo para a atmosfera;
  • Percolação: água que não foi utilizada pela planta e através de seus poros é evaporada;
  • Evapotranspiração: água que já foi utilizada pela planta e volta para a atmosfera.

Há, portanto, uma diferença de números que se estendem além da pegada hídrica, e também vão para as diferentes formas de retorno desses recursos para a natureza.

 

Quais são as formas de reduzir a pegada hídrica animal?

Em primeiro lugar, devemos quebrar o mito de que somente fazendo mudanças de hábitos/alimentares drásticas é que conseguiremos atingir objetivos — sejam eles pessoais ou ambientais, por exemplo. 

Há, nesse sentido, a boa prática inicial de fazer um equilíbrio nutricional e habitual que contemple todas as categorias de alimentos e que ao mesmo tempo também tenha um balanceamento entre necessidades pessoais e comprometimentos universais, como tentar reduzir a pegada hídrica animal, por exemplo. 

No que diz respeito às diferentes formas de reduzir a pegada hídrica, são elas:

  1. Alimentação: apostar num melhor balanceamento nutricional — quando possível, reduzir a quantidade de alimentos que necessitam de grandes quantidades de água para a produção, como a carne animal;
  2. Higiene pessoal: reduzir o tempo nas duchas e nos banhos. Além disso, tornar um hábito a ação de fechar a torneira ao escovar os dentes é fundamental.
  3. Consumo indireto: você sabia que cada vez mais o brasileiro tem se interessado no mercado de itens usados? Grande parte dos itens duráveis que compramos no dia a dia também podem ser encontrados em boas condições e por um preço mais em conta. Você ajuda o seu bolso e também o planeta.
  4. Vazamentos: Notou um aumento repentino no preço da conta d’água? É possível que esteja acontecendo um vazamento na sua residência. Procure uma assistência técnica especializada para consertar o problema o quanto antes.  
  5. Nunca é demais: Já teve o pensamento de que talvez só você esteja fazendo essas economias e que talvez não valha a pena? É normal e sempre recomendamos que se lembre do célebre pensamento: “É através das unidades que se compõem o todo.” 

 

Uso inconsciente da água: o que já está acontecendo

Você sabia que o planeta Terra já está sentindo os impactos por conta de uma má gestão global da pegada hídrica? Um estudo recente em fevereiro de 2022 conduzido por pesquisadores da USP demonstrou que o consumo de ultraprocessados aumenta a pegada hídrica da dieta brasileira. 

Além disso, de acordo com uma matéria publicada pela BBC em 2019, já existem mais de 400 regiões em todo o planeta vivendo sob condições de “extremo estresse hídrico”. Com uma continuidade no uso inconsciente de recursos hídricos, esses dados tendem somente a aumentar. 

Nesse sentido, pensando nesses tão recentes e trágicos acontecimentos, é fundamental compreendermos as diferentes formas de reduzir a pegada hídrica animal.

Aqui na Boomi, você também encontra conteúdos a respeito de como ser um consumidor mais consciente.

 

Faça o cálculo da sua pegada hídrica

Se você quiser fazer o cálculo da sua pegada hídrica, faço aqui a indicação do site da Water Footprint. Com o preenchimento de algumas poucas informações, é possível ter acesso a uma média do seu consumo hídrico. Aos usuários que forem mais exigentes, há também a opção de preenchimento de um formulário mais completo, que traz dados mais verdadeiros e próximos da sua realidade. 

 

Conclusão

É importante ter consciência de que a água é um recurso finito e já existem regiões que encontram dificuldades em seu acesso. Portanto, é fundamental que, quando possível, façamos adaptações necessárias não somente em nossa alimentação, mas também em nossos hábitos rotineiros que às vezes passam despercebidos.

Espero que esse conteúdo tenha te ajudado a compreender melhor quais são os impactos positivos de aplicar diferentes formas de reduzir a pegada hídrica animal em nosso dia a dia

Vamos poupar o hoje para salvar o amanhã.

 

Pedro Fonseca – Comunicação da Boomi.

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