Veja, no post de hoje, as principais dicas para cuidar da alimentação de quem tem Alzheimer.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente a memória, o pensamento e o comportamento. A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. Embora não tenha cura, a alimentação adequada desempenha um papel fundamental na qualidade de vida das pessoas que têm Alzheimer.
10 dicas para cuidar da alimentação de quem tem Alzheimer
A doença de Alzheimer geralmente impacta a capacidade das pessoas de se alimentarem de forma independente. A perda de habilidades motoras e cognitivas pode levar à desnutrição, desidratação e problemas de deglutição. Portanto, é essencial que cuidadores e familiares estejam cientes dos desafios enfrentados e adotem estratégias para garantir uma nutrição adequada.
O papel da família e dos cuidadores é fundamental na promoção de uma alimentação saudável para quem tem Alzheimer, como compreender as preferências alimentares, monitorar a ingestão de alimentos e adaptar as estratégias à medida que a doença progride. Além disso, buscar orientação profissional de nutricionistas é essencial para elaborar um plano alimentar personalizado.
As principais dicas para cuidar da alimentação de quem tem Alzheimer incluem:
- Aposte em alimentos ricos em ômega-3
O ômega 3 têm sido associado à cognição e à saúde do cérebro de forma geral, e podem ajudar a preservar as funções cognitivas. Inclua alimentos ricos em ômega-3 regularmente, como salmão e óleo de chia ou de linhaça.
- Ofereça alimentos ricos em vitaminas C e E
Alimentos ricos em vitaminas com função antioxidante, como vitamina C (frutas cítricas, folhas em geral, pimentão) e vitamina E (castanhas em geral, sementes de girassol), podem ajudar a combater o estresse oxidativo no cérebro.
- Aposte em alimentos ricos em colina
Alimentos que contêm colina, como ovos, brócolis e couve, podem ser benéficos para quem tem Alzheimer. A colina é um precursor da acetilcolina, um neurotransmissor essencial para o bom funcionamento do cérebro.
- Ofereça alimentos familiares
A recusa alimentar é comum em pessoas que têm Alzheimer. Experimente oferecer alimentos familiares, escolhendo opções que o paciente costumava gostar. Evite pressionar e mantenha um ambiente calmo durante as refeições.
- Estabeleça rotinas regulares para as refeições
Pessoas que têm Alzheimer podem esquecer a última vez que comeram. Estabeleça rotinas regulares para as refeições, fornecendo um senso de previsibilidade e segurança.
- Textura adequada dos alimentos
Muitas pessoas com Alzheimer enfrentam dificuldades na mastigação e deglutição. Adaptar a textura dos alimentos pode ser fundamental. Opte por alimentos mais macios, triturados ou em purês, garantindo que a consistência seja apropriada para evitar engasgos e facilitar a deglutição.
- Variedade de nutrientes
Busque uma dieta nutritiva, variando as escolhas de cada grupo alimentar para garantir todos os nutrientes, como frutas, legumes, verduras, leguminosas (feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha), cereais integrais (arroz, milho, trigo, aveia), ovos e carnes magras e alimentos fonte de gorduras de boa qualidade, como azeite e pastas de castanhas. Uma variedade nutricional contribui para a saúde cerebral e geral, ajudando a prevenir deficiências nutricionais.
- Estimulação sensorial
Utilize aromas, cores e texturas atraentes para estimular o apetite. Alimentos coloridos e bem apresentados podem despertar o interesse e incentivar a ingestão de alimentos.
- Hidratação adequada
A desidratação é comum em pessoas com Alzheimer devido à dificuldade em expressar a sede ou esquecimento de beber água. Ofereça água regularmente, utilizando copos com bicos adaptados e canudos, se necessário. Outras opções de bebidas saudáveis para ajudar na hidratação incluem a água de coco, água saborizada e sucos de limão ou maracujá sem adoçar.
- Evite o excesso de alimentos refinados, açucarados, ricos em gorduras saturadas e trans e ultraprocessados
Esses alimentos podem oferecer potenciais impactos negativos à saúde. Alimentos refinados e açucarados têm sido associados a inflamações que podem contribuir para disfunções cognitivas. O alto teor de gorduras saturadas e trans na alimentação está relacionado a problemas cardiovasculares, que, por sua vez, podem prejudicar a circulação sanguínea. Além disso, os produtos ultraprocessados contêm aditivos potencialmente prejudiciais e são pouco nutritivos.
- Consulte um nutricionista
Em casos de dificuldades para atingir as necessidades nutricionais por meio da alimentação convencional, considere a consulta a um nutricionista para avaliar a necessidade de suplementos.
Conclusão
Gostou dessas dicas para cuidar da alimentação de quem tem Alzheimer?
Uma alimentação adequada e saudável é essencial para a saúde Por isso, adaptar a dieta às necessidades específicas de quem tem esta condição pode ajudar a minimizar complicações relacionadas à alimentação, melhorar a qualidade de vida e até mesmo preservar as funções cognitivas.
Ao adotar abordagens individualizadas, envolver os cuidadores e manter um ambiente alimentar adequado, é possível proporcionar uma nutrição eficiente e cuidados específicos para aqueles que enfrentam os desafios do Alzheimer.
Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.