Socorro! Meu filho não come! Você está passando por isso? Então confira nesse texto as dicas da nutricionista materno infantil Carol Albuquerque.
Meu filho não come! O que fazer?
Muitas mamães e papais tem a seguinte queixa: Me sinto tão angustiada (o) quando o meu filho não come!
E diante deste cenário, tentam de tudo como: empurrar a colher, contar historinhas, colocar vídeos no celular ou Tv, brincar de aviãozinho… Você se enxerga em uma dessas situações? Fique tranquilo!
Acredito que a essa altura seu pequeno também já deve ter percebido sua angústia. As crianças são muito inteligentes e muitas vezes inconscientemente percebem que recebem atenção nestas situações.
Comer deve ser algo natural, prazeroso e sem pressão! Se você respeitar a rotina de horários das refeições com os alimentos necessários para o crescimento e desenvolvimento adequado do seu filho, provavelmente isso fará com que ele sinta fome e aprenda a comer em resposta aos sinais de suas necessidades!
Jamais o force a comer pois isso pode leva-lo a ter uma relação ruim com a alimentação no futuro. Pode desregular o centro de fome e saciedade e/ou fazer com que ele coma mais por questões emocionais. Comer é um ato aprendido e muitas vezes a criança pode ter alguma dificuldade que está sendo encarada como frescura, quando na verdade não é!
Você sabia que o paladar das crianças pode não ser igual ao nosso?
Você provavelmente já deve ter ouvido essa frase: Tal pai/mãe, tal filho? Mas saiba que nem sempre esse dito popular se aplica! Especialmente se estivermos falando de gostos, e com a comida não é diferente.
Cada criança desenvolverá preferência por determinados alimentos e poderá rejeitar outros. Então nosso papel é ofertar todos os tipos de alimentos e deixar que seu pequeno estabeleça as suas preferências. Lembrando que os estudos comprovam que para dizer que uma criança “não gosta de determinado alimento” deve-se oferecer mais de 15 vezes em diferentes formas de preparo.
Um alimento que antes era adorado pode passar a ser deliberadamente deixado de lado em outro momento – e vice-versa. Por isso é importante continuar a oferecer os alimentos inicialmente rejeitados e não se desesperar quando seu filho “deixar de gostar” de algo que ele comia. Lembre-se que oferecer não é o mesmo que insistir/forçar!⠀
E um alerta importante! Não precisa achar que criança que não come doce (açúcar) não é feliz! Deveríamos nos preocupar quando a criança consome em excesso alimentos açucarados e ultraprocessados. Quanto mais tarde tiverem acesso a esse tipo de alimento, melhor, é importante ter em mente que não devemos oferecer açúcar no mínimo até os 2 anos de idade.
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Lembrem-se papais e mamães: vocês são exemplos para seus filhos. Não dá para reclamar ”nutri, meu filho não come determinado alimento” quando esse nunca foi uma costume familiar. Se vocês querem que seus pequenos tenham uma boa alimentação, comecem a refletir sobre os hábitos alimentares da família.
Está passando por esse problema com seu pequeno? Não deixe de buscar ajuda de um profissional de sua confiança para te ajudar!
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Texto escrito por: Carol Albuquerque – CRN 50858
Mestre em Nutrição do Nascimento à Adolescência pelo Centro Universitário São Camilo. Aprimoramento em Nutrição, Saúde Pública, Consumo e Comunicação pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto – Portugal.
Curso Desenvolvendo cidades saudáveis para reverter a obesidade e doenças crônicas não transmissíveis – Columbia University – New York. Formação em Intuitive Eating Pro Skills Training Teleseminar com Evelyn Tribole. Mindfulness-based intuitive eating pelo Programa Eat for life com Lynn Rossy vice-presidente do Centro de Mindful Eating – Califórnia.
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