A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, atua na síntese de colágeno, no fortalecimento do sistema imunológico, na absorção de ferro e na proteção das células contra danos oxidativos. No entanto, a deficiência desta vitamina pode afetar várias pessoas, especialmente, em países em desenvolvimento. Sinais comuns de deficiência de vitamina C incluem fadiga, fraqueza, inflamação e sangramento na gengiva, pele seca e escamosa, hemorragias subcutâneas, dor nas articulações e sistema imunológico enfraquecido.
Sinais comuns de deficiência de vitamina C
A deficiência de vitamina C pode ser causada por uma série de fatores, incluindo:
- Dieta inadequada: a causa mais comum da deficiência de vitamina C é uma dieta pobre em frutas e vegetais frescos. Pessoas que não consomem quantidades suficientes desses alimentos estão em maior risco.
- Consumo excessivo de álcool: o consumo de álcool pode diminuir a capacidade do corpo de absorver e utilizar a vitamina C.
- Cigarro: fumantes necessitam de doses maiores de vitamina C devido ao estresse oxidativo causado pelos radicais livres presentes na fumaça do cigarro.
A deficiência de vitamina C é relativamente rara em países desenvolvidos, mas pode ocorrer em populações específicas de países em desenvolvimento. Idosos, pessoas com distúrbios alimentares, fumantes, alcoólatras, e pessoas com condições crônicas de saúde estão entre os grupos mais vulneráveis. Em países em desenvolvimento, a deficiência é mais comum devido à limitada disponibilidade de alimentos ricos em vitamina C.
Os sinais comuns de deficiência de vitamina C podem variar de leves a graves, dependendo da extensão da deficiência. Alguns dos sinais e sintomas mais frequentes incluem:
- Fadiga e fraqueza: um dos sinais comuns de deficiência de vitamina C é um cansaço extremo e fraqueza muscular.
- Inflamação e sangramento na gengiva: a deficiência prolongada pode levar ao escorbuto, uma condição caracterizada por gengivas sangrantes, inchadas e doloridas, sendo um dos sinais comuns de deficiência de vitamina C mais conhecidos.
- Pele seca e escamosa: a falta de vitamina C afeta a produção de colágeno, resultando em pele seca, escamosa e de cicatrização lenta.
- Hemorragias subcutâneas: pequenas hemorragias sob a pele, conhecidas como petéquias, podem aparecer devido à fragilidade capilar.
- Dor nas articulações: a deficiência pode causar dor nas articulações e dificuldade de movimentação.
- Sistema imunológico enfraquecido: a vitamina C é vital para a função imunológica, e sua deficiência pode aumentar a suscetibilidade a infecções.
O tratamento para a deficiência de vitamina C é relativamente simples e eficaz. Em casos leves, basta aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C para resolver o problema.
Na maioria dos casos, não é preciso suplementar vitamina C, já que vários alimentos são ricos nesta vitamina. No entanto, em casos graves ou quando os sintomas de escorbuto estão presentes, suplementos de vitamina C são frequentemente recomendados. A dosagem pode variar, mas geralmente, doses de 1000 a 2000mg por dia são suficientes para corrigir a deficiência, sempre sob supervisão de um médico ou nutricionista.
De acordo com as DRIs (Dietary Reference Intakes) do National Institute of Health, as necessidades diárias de vitamina C são de 90mg para homens e 75mg para mulheres.
Frutas cítricas como laranjas, limões e morangos, além de vegetais como pimentões e brócolis, são excelentes fontes dessa vitamina, tornando os valores acima facilmente alcançáveis por meio da alimentação.
Os alimentos mais ricos em vitamina C, em 100g crus, incluem:
- Acerola – 941mg
- Caju – 219mg
- Pimentão cru – 201mg
- Couve manteiga crua – 96mg
- Goiaba vermelha – 81mg
- Mamão formosa – 79mg
- Couve manteiga refogada – 77mg
- Kiwi – 71mg
- Manga Palmer – 66mg
- Morango – 64mg
- Carambola – 61mg
- Laranja pêra – 54mg
- Limão siciliano – 53mg
- Tangerina – 49mg
- Rúcula crua – 46mg
- Repolho cru – 43mg
- Brócolis cozido – 42mg
- Limão taiti – 38mg
- Abacaxi – 35mg
- Limão galego – 34mg
- Limão cravo (ou caipira) – 33mg
Vale ressaltar que a suplementação de vitamina C sem indicação é muito comum, principalmente quando se busca prevenir ou tratar gripes e resfriados. No entanto, as evidências sobre o seu papel no tratamento dessas condições são pequenas e sem relevância clínica. Além disso, altas doses não promovem benefícios adicionais.
Na dúvida, adicione mais frutas na alimentação e fique tranquilo. Atingir as doses recomendadas de vitamina C pela alimentação é muito mais simples, fácil e efetivo, além de conterem nutrientes adicionais que podem beneficiar muito mais a saúde, do que apenas um nutriente isoladamente.
Livia Freitas (CRN/SP 3 82983) e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.