Os sinais comuns de deficiência de folato incluem anemia megaloblástica, caracterizada por glóbulos vermelhos maiores que o normal, fadiga persistente, e complicações gastrointestinais como língua inchada, úlceras na boca e dificuldades digestivas.
O diagnóstico é feito através de exames de sangue, e o tratamento envolve a suplementação oral da vitamina, aliada a uma dieta rica em alimentos fonte, que são as leguminosas, vegetais de folhas verdes, frutas e grãos integrais.
A prevenção é fundamental, especialmente para mulheres em idade fértil e gestantes, que devem assegurar níveis adequados de folato para promover uma gravidez saudável e o desenvolvimento fetal adequado.
Sinais comuns de deficiência de folato
O folato (vitamina B9), atua na síntese de DNA, divisão celular e formação de células sanguíneas. É particularmente importante durante as fases de rápido crescimento e desenvolvimento, como na gravidez, em que atua no desenvolvimento do tubo neural do feto, mas também na lactação e na infância.
A deficiência de folato é uma condição comum. O organismo o armazena em pequenas quantidades, portanto, uma alimentação que não o contenha pode ocasionar a sua deficiência em poucos meses.
A deficiência de folato pode ocorrer devido a dieta inadequada, problemas de absorção intestinal, consumo excessivo de álcool, ou condições que interferem na sua metabolização, como doenças renais, intestinais, e do fígado, por exemplo.
Os sinais comuns de deficiência de folato incluem:
- Anemia megaloblástica: um dos sinais das manifestações mais comuns da deficiência de folato é a anemia megaloblástica, caracterizada por glóbulos vermelhos maiores que o normal. Isso ocorre devido à incapacidade do corpo de produzir glóbulos vermelhos saudáveis em quantidades adequadas, já que o folato é essencial para a sua produção. Confira este post para saber mais sobre a alimentação para a anemia megaloblástica.
- Fadiga persistente: a falta de folato pode causar fadiga crônica e cansaço excessivo, devido à diminuição na produção de glóbulos vermelhos e à redução da oxigenação dos tecidos.
- Língua inchada, úlceras na boca e dificuldades de digestão: o papel desta vitamina é essencial para a saúde das mucosas, como a mucosa bucal e gastrointestinal. A falta de folato compromete a divisão celular e a produção de muco digestivo, essencial para a proteção das mucosas e para a digestão eficiente. Isso pode resultar em inflamação das mucosas, aumento do risco de úlceras na boca e dificuldades digestivas, destacando a importância de manter níveis adequados de folato para a saúde gastrointestinal.
- Complicações neurológicas: a deficiência prolongada de folato pode afetar o sistema nervoso central, levando a sintomas como alterações de humor, irritabilidade, depressão e dificuldades de concentração.
- Problemas de crescimento e desenvolvimento: em crianças, a falta de folato pode afetar negativamente o crescimento e desenvolvimento normais, resultando em atrasos no desenvolvimento físico e cognitivo.
- Aumento do risco cardiovascular: a deficiência de folato compromete a conversão do aminoácido homocisteína no aminoácido metionina. Embora não seja um sintoma perceptível, níveis elevados de homocisteína no sangue podem prejudicar a parede das artérias, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas.
O diagnóstico de deficiência de folato é feito por exames de sangue. Se o hemograma revelar a presença de glóbulos vermelhos maiores que o normal, pode ser um indicativo da deficiência de folato.
Além disso, é importante verificar os níveis de vitamina B12 para descartar a possibilidade de deficiência, pois ela também pode causar anemia e aumento dos glóbulos vermelhos.
O tratamento envolve a suplementação oral da vitamina, além de ajustes na alimentação para incluir alimentos fonte de folato, como:
- Leguminosas, como feijão, lentilha, ervilhas, grão de bico, soja.
- Vegetais de folhas verdes, como espinafre e couve.
- Frutas, como manga, abacate, laranja, tomate, melão e banana.
- Grãos integrais, como arroz integral e aveia.
A prevenção da deficiência de folato é essencial, principalmente para mulheres em idade fértil, gestantes e lactantes. Por isso, recomenda-se o consumo de alimentos ricos nesta vitamina e a suplementação pré-natal para garantir níveis saudáveis durante a gravidez e o desenvolvimento fetal adequado.
Conclusão
A deficiência de folato é uma condição séria que pode ter consequências significativas para a saúde se não for tratada adequadamente.
Reconhecer os sinais comuns de deficiência de folato precocemente e buscar orientação de um nutricionista são passos importantes para tratar os impactos negativos dessa deficiência.
Caso acredite que esteja com deficiência de folato, não hesite em procurar um nutricionista para te auxiliar.
Lembre-se de que através de uma alimentação equilibrada e saudável, podemos garantir todos os nutrientes necessários para ter mais saúde, disposição e qualidade de vida.
Livia Freitas (CRN/SP 3 82983) e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.