Qual carne tem mais proteína? Essa é uma dúvida comum entre aqueles que desejam otimizar sua ingestão proteica, seja para ganho de massa muscular, emagrecimento ou manutenção da saúde.
A proteína é um dos macronutrientes essenciais para a manutenção da massa muscular, saúde dos tecidos e diversas funções metabólicas do organismo.
Apesar da quantidade de proteína por porção variar entre os tipos de carnes, é mais importante atentar-se à qualidade das proteínas, como o tipo de gordura e outros nutrientes, do que apenas à quantidade.
Qual carne tem mais proteína?
“Qual carne tem mais proteína? ” é a dúvida de muitas pessoas que precisam aumentar a ingestão proteica. Afinal, as carnes apresentam variações na quantidade de proteína devido a diversos fatores, como a presença de gordura, o teor de umidade (água) e tipo de preparo – ou seja, apesar de serem fontes de proteínas, elas podem apresentar diferenças na sua composição.
Por exemplo, carnes mais gordurosas tendem a ter uma menor concentração de proteínas por grama, já que a gordura ocupa parte do espaço que poderia ser preenchido por proteínas. Da mesma forma, carnes com mais água, como peixes, por exemplo, também podem apresentar um teor proteico ligeiramente menor quando comparadas a versões mais secas.
A tabela abaixo apresenta a quantidade de proteínas por 100g de diferentes tipos de carne já preparadas, baseada na Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA):
Como podemos ver, elas variam bastante de acordo com a quantidade de água e de gordura.
Qualidade da proteína
A escolha da carne ideal depende dos objetivos e das preferências de cada um. Quem busca o maior teor de proteína com menor teor calórico pode optar por cortes magros, como o peito de frango grelhado ou tilápia assada, por exemplo
No entanto, não basta apenas olhar para a quantidade de proteína. A qualidade também deve ser levada em consideração. Carnes mais gordas, com exceção dos peixes, devem ser consumidas com moderação, pois um alto teor de gordura saturada, consumida com certa frequência, pode impactar a saúde cardiovascular, a depender do contexto da alimentação.
Apesar de a carne seca ter uma alta concentração de proteínas (37g/100g), ela também contém grande quantidade de sódio e de gordura saturada (12g/100g), nutrientes que devem ser consumidos com cautela. Por outro lado, o salmão grelhado, embora tenha menos proteína (24g/100g), é rico em gorduras insaturadas do tipo ômega-3, com efeitos positivos para a saúde do coração.
Além das carnes, é importante lembrar das proteínas vegetais, que são excelentes fontes de proteína na alimentação. Leguminosas, como feijão, ervilha, lentilha, soja e grão-de-bico, não contém gorduras saturadas e são fontes de fibras, micronutrientes e compostos bioativos – o que é desejável para a saúde do coração, do intestino e da glicemia.
As leguminosas, quando combinadas com cereais, como arroz, trigo, milho e aveia, na proporção de 2:1 (2 colheres de sopa de cereais para 1 de leguminosa) formam uma importante fonte de proteína de alto valor biológico, essencial em dietas vegetarianas ou veganas.
Ao escolher fontes proteicas, é interessante considerar não apenas a quantidade, mas também a qualidade nutricional e os benefícios gerais para a saúde.
Alternar entre diferentes tipos de carnes, peixes, ovos, leite e derivados, e proteínas vegetais, contribui para uma dieta mais equilibrada e nutritiva.
Por isso, não hesite em procurar um nutricionista para te ajudar a definir a melhor estratégia para você.
Conclusão
Como vimos, a resposta para a pergunta “qual carne tem mais proteína?” depende de diversos fatores, como o teor de gordura, umidade e modo de preparo. Carnes magras, como peito de frango e tilápia, oferecem uma maior concentração de proteínas com menos calorias, enquanto opções como carne seca tem altos teores proteicos, mas também maior quantidade de sódio e gordura saturada.
No entanto, a qualidade da dieta não deve ser baseada apenas na quantidade de proteína, mas sim em um equilíbrio entre diferentes fontes alimentares. O consumo variado de carnes, peixes, ovos, leite e derivados, e proteínas vegetais contribui para um perfil nutricional mais completo e equilibrado.
Por isso, contar com a orientação de um nutricionista pode ser fundamental para definir a melhor estratégia alimentar de acordo com suas necessidades e objetivos.
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Livia Freitas (CRN/SP 3 82983) e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.