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O que muda nas quatro fases da introdução alimentar?

O que muda nas quatro fases da introdução alimentar?

“O que muda nas quatro fases da introdução alimentar?” é uma pergunta típica de pais e cuidadores que desejam compreender melhor o processo de transição dos bebês para uma dieta sólida.

No post de hoje, exploraremos, em detalhes, as mudanças significativas que ocorrem em cada fase da introdução alimentar, fornecendo insights valiosos para garantir uma transição suave e nutritiva para os pequenos.

 

O que muda nas quatro fases da introdução alimentar?

Após as primeiras refeições, aos 6 meses de idade, quais os sinais de que o bebê está pronto para avançar para uma consistência mais sólida de comida? Qual a quantidade certa de comida para cada fase? Como o bebê apresenta os sinais de fome e de saciedade conforme passam-se os meses? O que muda nas quatro fases da introdução alimentar, afinal?

Veja quais são as recomendações do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, para cada fase da introdução alimentar:

 

6 meses de idade

Aos 6 meses de idade, os bebês já são capazes de sentar com pouco ou nenhum apoio. O movimento de empurrar os alimentos para fora, com a língua, diminui. O bebê passa a mastigar e começam a surgir os primeiros dentes.

  • Sinais de fome: o bebê chora, se inclina em direção à comida e abre a boca quando alguém está oferecendo comida.
  • Sinais de saciedade: vira a cabeça ou o corpo, perde o interesse na alimentação, empurra a mão da pessoa que está oferecendo a comida, fecha a boca, chora.
  • Consistência dos alimentos: os alimentos devem ficar separados e bem amassados com o garfo, e não devem ser liquidificados ou peneirados. As carnes devem ser bem cozidas e oferecidas picadas ou desfiadas. Alimentos crus, como frutas e alguns legumes, podem ser raspados ou amassados.
  • Sugestão de cardápio:
  • Café da manhã: leite materno
  • Lanche da manhã: fruta e leite materno
  • Almoço: é recomendado que o prato da criança tenha: 1 alimento do grupo dos cereais, raízes e tubérculos; 1 alimento do grupo das leguminosas; 1 alimento do grupo das proteínas; 1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e das verduras. Junto à refeição, pode ser dado um pedaço pequeno de fruta como sobremesa.
  • Lanche da tarde: fruta e leite materno.
  • Jantar: leite materno
  • Ceia: leite materno
  • Quantidade aproximada de comida: 2 a 3 colheres de sopa no total. Essa quantidade é apenas um parâmetro, devendo ser respeitados os sinais de fome e de saciedade da criança.
  • O leite materno pode ser oferecido sempre que a criança quiser.

 

7 a 8 meses de idade

Nessa fase, o bebê senta sem apoio, pega os alimentos sozinho e leva à boca e surgem novos dentes.

  • Sinais de fome: inclina-se em direção ao alimento, pega ou aponta para a comida.
  • Sinais de saciedade: comer mais devagar, fechar a boca, empurrar o alimento ou ficar com a comida parada na boca sem engolir.
  • Consistência dos alimentos: alimentos menos amassados do que antes, ou bem picados, conforme a aceitação da criança.
  • Sugestão de cardápio:
  • Café da manhã: leite materno
  • Lanche da manhã: fruta e leite materno
  • Almoço e jantar: é recomendado que o prato da criança tenha: 1 alimento do grupo dos cereais, raízes e tubérculos; 1 alimento do grupo das leguminosas; 1 alimento do grupo das proteínas; 1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e das verduras. Junto à refeição, pode ser dado um pedaço pequeno de fruta como sobremesa.
  • Lanche da tarde: fruta e leite materno.
  • Ceia: leite materno
  • Quantidade aproximada de comida: 3 a 4 colheres de sopa no total. Essa quantidade é apenas um parâmetro, devendo ser respeitados os sinais de fome e de saciedade da criança.
  • O leite materno pode ser oferecido sempre que a criança quiser.

 

9 a 11 meses de idade

Nesta fase, os bebês estão mais habilidosos, engatinham ou andam com apoio. Começam a fazer movimentos de pinça com as mãos, o que permite comer de forma independente e embora ainda precise de ajuda. Dão dentadas e mastigam alimentos mais duros.

  • Sinais de fome: apontar ou pegar os alimentos e ficar empolgado ao vê-los.
  • Sinais de saciedade: comer mais devagar, fechar a boca, empurrar o alimento ou ficar com a comida parada na boca sem engolir.
  • Consistência dos alimentos: pode receber alimentos picados na mesma consistência dos alimentos da família. As carnes podem ser desfiadas ou picadas.
  • Sugestão de cardápio:
  • Café da manhã: leite materno
  • Lanche da manhã: fruta e leite materno
  • Almoço e jantar: é recomendado que o prato da criança tenha: 1 alimento do grupo dos cereais, raízes e tubérculos; 1 alimento do grupo das leguminosas; 1 alimento do grupo das proteínas; 1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e das verduras. Junto à refeição, pode ser dado um pedaço pequeno de fruta como sobremesa.
  • Lanche da tarde: fruta e leite materno.
  • Ceia: leite materno
  • Quantidade aproximada de comida: 4 a 5 colheres de sopa no total. Essa quantidade é apenas um parâmetro, devendo ser respeitados os sinais de fome e de saciedade da criança.
  • O leite materno pode ser oferecido sempre que a criança quiser.

 

1 a 2 anos de idade

Entre 1 a 2 anos de idade, a criança anda com pouco ou nenhum auxílio, come com colher, segura o alimento com as mãos, segura o copo com as duas mãos, tem mais habilidade para mastigar e os dentes molares começam a aparecer.

  • Sinais de fome: combina palavras e gestos para expressar vontade por alimentos específicos, leva a pessoa que a cuida ao local onde os alimentos estão e aponta para eles.
  • Sinais de saciedade: balança a cabeça, diz que não quer, sai da mesa, brinca com o alimento ou joga-o para longe.
  • Consistência dos alimentos: pedaços maiores e na mesma consistência da comida da família.
  • Sugestão de cardápio:
  • Café da manhã: fruta e leite materno; ou cereais (pães, aveia, cuscuz de milho e leite materno; ou raízes e tubérculos (mandioca, batata-doce, inhame) e leite materno.
  • Lanche da manhã: fruta e leite materno
  • Almoço e jantar: é recomendado que o prato da criança tenha: 1 alimento do grupo dos cereais, raízes e tubérculos; 1 alimento do grupo das leguminosas; 1 alimento do grupo das proteínas; 1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e das verduras. Junto à refeição, pode ser dado um pedaço pequeno de fruta como sobremesa.
  • Lanche da tarde: idem ao café da manhã.
  • Ceia: leite materno
  • Quantidade aproximada de comida: 5 a 6 colheres de sopa no total. Essa quantidade é apenas um parâmetro, devendo ser respeitados os sinais de fome e de saciedade da criança.
  • O leite materno pode ser oferecido sempre que a criança quiser.

 

Conclusão

Gostou de saber mais sobre o que muda nas quatro fases da introdução alimentar?

Como vimos, a introdução alimentar é marcada por diferentes fases de acordo com o desenvolvimento do bebê. Por isso, a introdução alimentar deve acompanhar o ritmo e os sinais do bebê, respeitando o seu desenvolvimento.

Lembre-se de que cada organismo responde aos alimentos de maneira diferente. Ao iniciar a introdução alimentar, mostre uma enorme variedade de sabores e texturas, já que é o momento ideal para estimular o paladar da criança.  Incentive-a a comer de tudo para ter uma vida mais saudável.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

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