Veja no post de hoje o que comer e o que evitar para baixar os triglicerídeos.
Quando os níveis de triglicérides no sangue ultrapassam os limites saudáveis, estamos diante da hipertrigliceridemia, uma forma de dislipidemia que pode agravar o risco de doenças cardiovasculares.
Uma alimentação saudável e equilibrada é uma aliada poderosa na prevenção e controle dos triglicerídeos. Com um acompanhamento nutricional adequado e ao saber o que comer e o que evitar para baixar os triglicerídeos, é possível tratar esta condição de forma rápida e eficaz.
O que comer e o que evitar para baixar os triglicerídeos
Os triglicerídeos compõem uma estrutura química formada pela combinação de três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol. Os ácidos graxos, componentes fundamentais das gorduras, são obtidos durante a digestão desses alimentos. Categorizados como saturados ou insaturados, os primeiros estão mais associados a problemas de saúde.
Essas moléculas representam a forma como a gordura dos alimentos é absorvida e transportada em nosso corpo, além de serem armazenadas após a digestão e absorção dos nutrientes.
Os triglicerídeos, em si, não são prejudiciais à saúde, mas sim o seu excesso na corrente sanguínea.
O aumento nos níveis sanguíneos de triglicerídeos é influenciado pelo consumo excessivo de açúcares, especialmente provenientes de doces, pães, massas e cereais.
O excesso desses carboidratos não pode ser armazenado diretamente, sendo convertido em triglicerídeos no fígado e armazenado como gordura. Isso aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e esteatose hepática não alcoólica, conhecida como gordura no fígado.
A hipertrigliceridemia, em muitos casos, não apresenta sintomas específicos. Muitas pessoas podem ter níveis elevados de triglicerídeos no sangue sem saber. Apenas as formas graves de hipertrigliceridemia são acompanhadas de sinais clínicos característicos, como xantomas eruptivos (depósitos de gorduras em regiões do corpo, como joelhos, mãos, pés, coxas, glúteos e tendões) e alterações retinianas. Algumas pessoas podem desenvolver pancreatite pela hipertrigliceridemia.
O diagnóstico da hipertrigliceridemia é feito a partir de exames de sangue, incluindo o perfil lipídico completo e os níveis de glicose.
Com base nisso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estabeleceu valores de referência para os níveis seguros de triglicerídeos no sangue. Em jejum de 12 horas, os valores recomendados são abaixo de 150 mg/dL e, sem jejum, abaixo de 175 mg/dL.
A principal mudança deve ocorrer na alimentação, com o apoio de um nutricionista. O tratamento deve priorizar mudanças nos hábitos alimentares, por isso saber o que comer e o que evitar para baixar os triglicerídeos é fundamental. Além disso, é importante priorizar a prática regular de exercícios físicos.
Alimentos que devem ser incluídos na alimentação para tratar a hipertrigliceridemia, incluem:
- Frutas, legumes e verduras, incluindo a casca e o bagaço, como a laranja, pêssego, maçã, alface, acelga, espinafre, rúcula, brócolis, couve e cenoura;
- Peixes gordos, fonte de ômega 3, como o atum, salmão e sardinha;
- Carnes magras em geral, como patinho, peito de frango, ovos, tofu;
- Gorduras de boa qualidade, como azeite, sementes de linhaça e de chia, amendoim e castanhas em geral;
- Cereais integrais, como arroz integral, farelo de trigo, macarrão integral, pão integral, aveia;
- Leguminosas em geral, como feijão, ervilha, lentilha e grão de bico;
- Água, água de coco e chás com propriedades antioxidantes, como canela ou cúrcuma, por exemplo.
Os alimentos que não devem fazer parte da alimentação para a hipertrigliceridemia, incluem:
- Doces em geral, como sorvetes, bolos e sobremesas;
- Farinhas brancas em excesso, como farinha de trigo branca, pão branco, biscoito, macarrão ou arroz branco.
- Alimentos processados e ultraprocessados, como batata frita, salgadinhos de festa, macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote;
- Sucos e refrigerantes;
- Cortes gordos de carnes, como lombo, costela, acém, cupim, entre outros;
- Embutidos, como presunto, chouriço, salsicha, salame, mortadela e bacon;
- Derivados do leite ricos em gorduras, como manteiga, creme de leite e queijos gordos, como cheddar e parmesão, por exemplo;
- Bebidas alcoólicas em geral.
Além disso, é importante tratar o sobrepeso e a obesidade, que são fatores de risco para o aumento dos triglicerídeos e podem agravar as complicações desta condição.
Por fim, é essencial destacar que o acompanhamento médico e nutricional é indispensável. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário e deve ser cuidadosamente monitorado.
Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.