fbpx Skip to content

Melhores e piores alimentos para a doença de Crohn

Melhores e piores alimentos para a doença de Crohn

A doença de Crohn é uma condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal que pode impactar significativamente a qualidade de vida. A alimentação desempenha um papel fundamental no tratamento, por isso saber quais são os melhores e piores alimentos para a doença de Crohn é essencial.

Esta condição afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado e o intestino grosso, como o íleo e o cólon. Por ser uma doença crônica, não tem cura, alternando entre fases de remissão (períodos em que não há manifestações clínicas) e a fases ativas. Junto a colite ulcerativa, a doença de Crohn é uma das principais formas de doença inflamatória intestinal (DII).

 

Melhores e piores alimentos para a doença de Crohn

A doença de Crohn é uma condição autoimune cuja causa é multifatorial e complexa, influenciada por fatores genéticos, ambientais (como o tabagismo e alimentação não saudável), desequilíbrios na microbiota intestinal, e sedentarismo. Embora o estresse não seja uma causa direta, pode influenciar na intensidade dos sintomas.

Os sintomas variam de leves a severos durante as fases ativas e podem desaparecer ou diminuir durante as remissões. Eles variam de pessoa para pessoa e incluem dor abdominal, desnutrição, diarreia, fadiga, úlceras e perda de peso.

O diagnóstico envolve uma combinação de exames clínicos, testes laboratoriais, procedimentos de imagem e biópsias. Endoscopias, colonoscopias, exames de sangue e imagens como a ressonância magnética são frequentemente utilizados para avaliar a extensão e gravidade da doença. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações a longo prazo.

A doença de Crohn se manifesta igualmente em homens e mulheres e, em grande parte dos casos, em parentes próximos. A incidência é maior entre os 20 e os 40 anos e mais alta nos fumantes.

O tratamento da Doença de Crohn visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. As opções de tratamento incluem medicamentos antiinflamatórios, imunossupressores e, em casos graves, cirurgia para remover as áreas afetadas do intestino. A abordagem terapêutica é personalizada, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a extensão da doença e a resposta individual aos medicamentos e à alimentação.

Além dos medicamentos, a alimentação é determinante para a gestão dos sintomas, por isso é essencial saber mais sobre os melhores e piores alimentos para a doença de Crohn tanto nas fases ativas quanto nos períodos de remissão.

Os objetivos da dietoterapia incluem aumentar os períodos de remissão, reduzir o quadro inflamatório através da imunomodulação, manter o crescimento em crianças e recuperar ou manter o estado nutricional.

Vale ressaltar que as recomendações nutricionais são individuais, e é essencial consultar um nutricionista para orientação personalizada.

 

  • Fases ativas

Durante as fases ativas, é preciso adotar uma dieta de baixo resíduos para reduzir a irritação no trato gastrointestinal. Isso envolve evitar alimentos que podem aumentam o volume das fezes ou piorar os sintomas como:

  • Leite e derivados
  • Alimentos fritos e gordurosos
  • Alimentos ricos em fibras, como hortaliças e grãos integrais
  • Alimentos picantes
  • Alimentos ricos em polióis

Em casos de desnutrição ou incapacidade de tolerar alimentos sólidos, suplementos nutricionais podem ser prescritos para garantir a ingestão adequada de nutrientes. Os principais nutrientes incluem o ferro, folato, vitamina B12, zinco, magnésio, cálcio, selênio e vitamina D.

Manter-se hidratado é essencial, especialmente se houver diarreia significativa. A reposição de líquidos e eletrólitos ajuda a prevenir a desidratação, uma preocupação comum durante as fases ativas.

Nem todos os casos de doença de Crohn exigem hospitalização durante fases ativas, mas em situações mais graves, a internação pode ser necessária para fornecer tratamentos mais intensivos, como a nutrição enteral ou parenteral, por exemplo, e o monitoramento médico contínuo. Cada caso é único, e a abordagem deve ser personalizada com base na avaliação médica e nutricional.

 

  • Períodos de remissão

Nos períodos de remissão, o foco, geralmente, é em manter uma dieta equilibrada e nutritiva, apostando em alimentos como:

  • Frutas, legumes e verduras baixos em FODMAPS
  • Carnes magras em geral
  • Grãos integrais e laticínios, se tolerados

Cada pessoa pode ter tolerâncias alimentares diferentes, então é importante monitorar individualmente quais alimentos podem desencadear sintomas e ajustar a dieta conforme necessário.

Em alguns casos, a suplementação nutricional pode ser recomendada para garantir a ingestão adequada de nutrientes, especialmente se houver dificuldade em absorver nutrientes do trato gastrointestinal.

O acompanhamento regular com um médico e um nutricionista, é essencial para ajustar a abordagem dietética de acordo com as necessidades e a evolução de cada paciente.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

1
Loading...

Ver carrinho