Fome emocional: É possível viver bem comendo mal?

Você come por necessidade física ou emocional? Saiba o que é fome emocional e se é possível viver bem mesmo comendo mal. 

A alimentação está relacionada a momentos de prazer e resgates afetivos.

O sabor da infância e outras memórias felizes, em geral, estão relacionadas com o ato de comer. Aquela reunião com amigos, um café da tarde feito pela mãe, um bolo quentinho saindo do forno… Tudo isso, pode se assemelhar a um abraço num dia difícil.

Estudos mostram que a alimentação “ruim”, rica em açúcar (e nisso também incluímos as farinhas) pode contribuir para a piora dos quadros de ansiedade e depressão.

Sabemos que, regiões cerebrais são atingidas com o consumo excessivo de tais alimentos, causando “inflamações” que podem comprometer a saúde física e mental.

O desejo de forma menos saudável pode ser um comportamento social comum, porém, parece que estamos perdendo a mão nesse desejo.

Como em todas as situações da nossa vida, devemos nos perguntar o motivo do excesso e se estamos numa relação abusiva com a comida ou com fome emocional.

E o pior, nessa relação abusiva, o prejuízo é da gente com a gente mesmo.

Quando compensamos uma falta (vazio) com a comida, estamos dizendo a nós mesmos que algo não esta funcionando bem. O excesso de comida pode ser um desejo transferido para o alimento ou uma frustração descontada em si mesmo (a tal auto sabotagem).

Porém, em geral, as emoções mal canalizadas podem trazer ainda mais danos pra gente. Ou seja, uma tentativa de alivio, gera uma frustração maior ainda, o que vira uma “bola de neve”, pois, além da frustração não resolvida, a saúde física e mental ficam ainda mais abaladas.

Quando aprendemos a nos amar, não deixamos de comer (também) pelo prazer. O que fazemos é nos relacionarmos com a comida de forma positiva e equilibrada: “Eu cuido bem do que coloco no meu prato e a comida também me trata bem”.

Nossa saúde física e mental estão ligadas. Não podemos descuidar daquilo que é mais precioso no mundo: nós mesmos.

 

Texto escrito por: Erika Oliveira – CRP 06/66795

Psicóloga, gosta de comida boa e é fã da Boomi.

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