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Dia Mundial da Alergia: Alergias alimentares mais comuns

Alergias alimentares mais comuns

Dia 8 de julho é celebrado o Dia Mundial da Alergia para aumentar a conscientização sobre . Veja aqui quais são as alergias alimentares mais comuns.

 

Alergia alimentar é uma reação do sistema imunológico contra alguma substância encontrada em determinado alimento, geralmente uma proteína, que o corpo reconhece como um invasor.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a prevalência de alergias vem aumentando nos últimos 30 anos e atualmente acomete por volta de 10% da população mundial, sendo a maioria crianças menores de 3 anos (6%), seguido dos adultos (3,5%). Mas no Brasil, os dados são escassos e limitados a grupos de populações, o que dificulta uma estimativa próxima da realidade.

 

Alergias alimentares mais comuns

Segundo a Food and Agriculture Organization (FAO) as alergias alimentares mais comuns são causadas por:

  • Amendoim
  • Soja
  • Peixes
  • Frutos do mar
  • Leite
  • Ovos
  • Castanhas
  • Trigo

 

Até 90% de todas as alergias alimentares são causadas por esses oito alimentos ou grupos de alimentos, conhecidos como “grupo dos oito”.

Mas o grupo dos oito, na verdade, inclui bem mais que oito alimentos. Por exemplo, peixe se refere a todas as espécies de peixes, embora algumas espécies, como bacalhau e salmão, sejam mais comumente alergênicas que outras.

Camarão, pitu, siri, lagosta e lagostim estão incluídos na categoria dos frutos do mar, e a maioria deles causa alergias. Assim como a maioria das castanhas.

Pessoas alérgicas a ovos são alérgicas a ovos de todas as espécies e tanto a clara quanto a gema contêm alérgenos, embora a clara seja mais alergênica.

O amendoim e a soja são as leguminosas responsáveis pela maioria das alergias, mas lentilha, feijão e grão-de-bico também podem causar essa reação em algumas pessoas. O mesmo acontece com o leite de vaca, bem mais alérgeno que leites de cabra e ovelha, mas que eventualmente também podem causar alergia em algumas pessoas.

Embora as alergias alimentares mais comuns sejam causadas por esses oito alimentos, há documentados na literatura mais de 160 alimentos que podem causar esse tipo de reação no organismo.

Crianças mais velhas e adultos parecem ser mais alérgicos às castanhas e frutos do mar.

 

Causas

Como dizia Lucrécio, um filósofo romano, há séculos atrás, “o que é alimento para alguns é veneno amargo para outros”. As alergias alimentares afetam certas pessoas de uma população, mas não outras e as causas, sintomas, gravidade e prevalência ainda não estão muito bem elucidados.

Mas existem algumas teorias.

Uma delas é de que, com o saneamento básico, as crianças não estão pegando tantas infecções. E as infecções parasitárias, em especial, são combatidas pelos mesmos mecanismos envolvidos no combate às alergias. Com menos parasitas para combater, o sistema imunológico acaba se voltando contra coisas que deveriam ser inofensivas.

Outra teoria é de que a falta de vitamina D, importante para uma resposta saudável do sistema imunológico, possa ser a responsável, já que a insuficiência desta vitamina, pela falta de exposição ao sol, é muito comum em várias populações do mundo.

O que os estudos mostram é que a frequência da alergia alimentar aumentou nos últimos 30 anos principalmente em cidades industrializadas.

As alergias ocorrem mais em áreas urbanas do que rurais e acredita-se que sejam consequências ambientais relacionadas ao estilo de vida ocidental – que inclui poluição, mudanças na dieta e menos exposição a micróbios que mudam a forma como o sistema imunológico responde.

 

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com o alimento e com a idade da pessoa. Por exemplo, em bebês, os sintomas incluem erupção na pele semelhante a urticária, que pode vir acompanhada de náuseas, vômito ou diarreia. Por volta de 1 ano, pode não haver sintomas na pele, mas sintomas respiratórios, como asma, ou falta de ar e coriza.

Já crianças mais velhas e adultos, podem ter reações mais graves, como coceira na boca, inchaço na garganta, urticária, eczema, coriza, asma e choque anafilático.

 

Diagnóstico

O diagnóstico, primeiramente, é feito por uma anamnese que leva a uma pequena lista de alimentos suspeitos, principalmente quando os sintomas aparecem logo após a ingestão.

Depois de identificadas as suspeitas, é preciso confirmá-las, o que pode ser feito por meio de:

 

  • Teste cutâneo (prick test), feito com extratos de diversos alimentos. Uma pequena quantidade de extrato do alimento é aplicada na pele, na face interna do antebraço ou no dorso. O local é perfurado com uma agulha para permitir a penetração. Se houver rubor no local, significa que houve reação alérgica.

 

  • Exame de sangue, em que se faz um teste de imunoglobulina (IgE) específico para o alérgeno. Por exemplo, a IgE produzida após a ingestão de trigo é diferente da IgE produzida após a ingestão de nozes. Assim, pode-se detectar qual alimento causa a alergia.

 

  • Dieta de eliminação, ingerindo o alimento apenas para confirmar o diagnóstico (exceto quando os sintomas são graves) e depois eliminando-o definitivamente da dieta.

 

  • Teste de desencadeamento alimentar, em que a pessoa recebe duas refeições, uma contendo o alimento suspeito e um placebo. Se não houver sintomas após a ingestão do alimento suspeito, este é descartado. Se houver sintomas, o diagnóstico é confirmado.

 

Prevenção

A única forma de prevenção conhecida atualmente é alimentar os bebês com os grupos de alimentos apresentados, o grupo dos oito, em pequenas quantidades, para que o sistema imunológico possa produzir uma resposta saudável e se preparar.

Segundo um estudo feito em Londres, por exemplo, mostrou uma redução de 80% na alergia ao amendoim em crianças de 5 anos que comiam amendoim regularmente desde o ano em que nasceram.

No entanto, mais estudos são necessários para confirmar esta abordagem.

 

Tratamento

O tratamento é feito eliminando o alimento causador da alergia da dieta.

Mas há estudos que procuram verificar se a reintrodução do alimento em pequenas quantidades pode preparar o sistema imunológico e provocar uma dessensibilização, para que o alimento possa voltar a ser consumido normalmente.

Medicamentos, como os anti-histamínicos ou a cromolina também podem ser necessários.

Nos casos mais graves, quando há reações como o choque anafilático, é recomendado carregar uma seringa para injeção de adrenalina.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

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