O selênio é um mineral essencial ao organismo. Ele participa na proteção contra o estresse oxidativo, no fortalecimento do sistema imunológico e no funcionamento adequado da tireoide. Sinais comuns de deficiência de selênio incluem fraqueza, fadiga, problemas cognitivos, sistema imune, infertilidade e hipotireoidismo.
O tratamento envolve aumentar o consumo de alimentos ricos em selênio, como castanha-do-pará, peixes, carnes e ovos. Em casos mais graves, a suplementação pode ser indicada, sempre sob supervisão de um nutricionista, para evitar o risco de excesso de selênio, que pode ser prejudicial.
Sinais comuns de deficiência de selênio
O selênio é um micronutriente que atua como parte integrante de várias proteínas, conhecidas como selenoproteínas, que são essenciais para diversas funções biológicas. Uma das suas funções mais importantes é sua ação como antioxidante. O selênio ajuda a proteger as células dos danos causados pelos radicais livres, moléculas instáveis que podem causar envelhecimento celular e doenças crônicas.
Além disso, o selênio atua no funcionamento da glândula tireoide. Ele ajuda a converter o hormônio tireoidiano T4 (tiroxina) em T3 (triiodotironina), a forma ativa do hormônio, que regula o metabolismo em todo o corpo.
A deficiência de selênio geralmente ocorre em áreas onde o solo é pobre nesse mineral, como em algumas regiões da China e da África. Contudo, hábitos alimentares inadequados ou doenças que afetam a absorção de nutrientes também podem contribuir para essa deficiência. As causas comuns de deficiência de selênio incluem:
- Dieta pobre em alimentos ricos em selênio: alimentos como castanha-do-pará, frutos do mar, carne e ovos são boas fontes de selênio. Uma dieta carente desses alimentos pode levar à deficiência.
- Problemas gastrointestinais: doenças que comprometem a absorção de nutrientes, como a Doença de Crohn, podem prejudicar a absorção do selênio pelo intestino.
- Idade: pessoas mais idosas, que muitas vezes apresentam menor absorção de nutrientes e dietas mais restritas, podem ter maior risco de deficiência.
Alguns dos sinais comuns de deficiência de selênio são:
- Fraqueza muscular e fadiga
A sensação persistente de fraqueza e cansaço pode ser um sinal de deficiência de selênio. Isso ocorre porque o selênio é essencial para o funcionamento eficiente das mitocôndrias, que são as “usinas de energia” das células. Quando os níveis de selênio estão baixos, a produção de energia celular é prejudicada, levando à fadiga e perda de força muscular.
- Problemas cognitivos
O selênio tem um papel antioxidante que protege o cérebro contra o estresse oxidativo, responsável pela degradação celular e envelhecimento precoce. Pessoas com deficiência de selênio podem ter dificuldades de memória e concentração, além de um maior risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
- Queda de cabelo e unhas quebradiças
O selênio é importante para a saúde dos cabelos e das unhas, pois ele participa da produção de proteínas como a queratina, essencial para sua estrutura. A deficiência de selênio pode causar queda de cabelo excessiva e enfraquecimento das unhas, que ficam mais quebradiças e com crescimento lento.
- Sistema imunológico enfraquecido
O selênio é fundamental para o funcionamento do sistema imunológico. Ele ajuda a ativar a função das células imunes e protege o corpo contra infecções. Pessoas com deficiência de selênio são mais propensas a infecções virais e bacterianas, já que seu sistema imunológico não funciona de forma eficiente.
- Problemas de pele
A deficiência de selênio pode resultar em pele seca e descamativa. Isso ocorre porque o selênio atua como antioxidante, ajudando a proteger as células da pele contra danos. A ausência deste mineral pode prejudicar a capacidade da pele de se regenerar, resultando em um aspecto opaco e envelhecido.
- Infertilidade
O selênio desempenha um papel importante na saúde reprodutiva tanto de homens quanto de mulheres. Nos homens, a deficiência de selênio pode levar à redução da produção de espermatozoides, afetando a fertilidade. Nas mulheres, níveis adequados de selênio são importantes para a função adequada dos hormônios tireoidianos, que influenciam a fertilidade.
- Disfunção da tireoide
O selênio é essencial para a conversão dos hormônios da tireoide, como mencionado anteriormente. A deficiência de selênio pode levar a problemas de tireoide, incluindo o hipotireoidismo, condição em que a tireoide não produz hormônios suficientes. Sintomas como ganho de peso, cansaço excessivo e sensibilidade ao frio podem estar relacionados a essa disfunção.
O diagnóstico da deficiência de selênio pode ser feito por meio de exames de sangue que medem os níveis desse mineral. Os resultados devem ser analisados por um nutricionista, que também levará em consideração os sintomas clínicos e o histórico alimentar. Caso os níveis estejam baixos, o nutricionista pode recomendar ajustes na dieta ou suplementação.
O consumo de alimentos ricos em selênio é a maneira mais segura e eficaz de aumentar os níveis do mineral no corpo. Abaixo estão algumas boas fontes alimentares de selênio:
- Castanha-do-pará: uma das maiores fontes naturais de selênio. Apenas uma ou duas castanhas já podem fornecer a quantidade diária recomendada do mineral.
- Frutos do mar: peixes como atum, sardinha e salmão são ricos em selênio, além de trazer outros benefícios para a saúde, como o ômega-3.
- Carnes em geral: carnes bovina, suína e de frango também são boas fontes de selênio.
- Ovos: além de serem fonte de proteína de alta qualidade, os ovos contêm quantidades consideráveis de selênio.
Em casos graves de deficiência, pode ser necessária a suplementação com selênio, mas isso deve ser feito sob orientação de um nutricionista. O excesso de selênio no corpo, conhecido como selenose, pode ser tóxico e causar efeitos colaterais como náusea, queda de cabelo, problemas no fígado e sistema nervoso.
Conclusão
Os sinais comuns de deficiência de selênio vão desde o sistema imunológico enfraquecido até a função da tireoide, fertilidade e saúde da pele. É importante prestar atenção a esses sinais e buscar a orientação de um nutricionista se houver suspeita de deficiência.
Uma dieta equilibrada, rica em alimentos que contenham selênio, é a melhor forma de garantir que os níveis desse mineral estejam adequados no organismo. Se necessário, a suplementação pode ser recomendada, sempre com recomendação e supervisão adequada para evitar complicações.
Livia Freitas (CRN/SP 3 82983) e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.