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4 alimentos para quem tem autismo

alimentos para quem tem autismo

No contexto do transtorno do espectro autista (TEA), uma abordagem abrangente que inclui terapias comportamentais e educacionais é essencial. No entanto, um aspecto muitas vezes negligenciado, mas de grande importância, é a nutrição adequada, voltada para alimentos para quem tem autismo, como os mais saudáveis e integrais.

A relação entre alimentação e autismo tem despertado cada vez mais interesse, pois pesquisas sugerem que certos alimentos e nutrientes podem desempenhar um papel significativo no manejo dos sintomas e no bem-estar geral das pessoas com TEA.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 1 em cada 160 crianças em todo o mundo tenha TEA. No Brasil, estima-se que a taxa de autismo no Brasil seja de aproximadamente 1 a 2% da população.

 

4 alimentos para quem tem autismo

O TEA é uma condição complexa que afeta as habilidades sociais, comportamentais e também pode estar associada a sintomas gastrointestinais, intolerâncias alimentares e deficiências nutricionais.

O diagnóstico do autismo é baseado em uma avaliação cuidadosa das habilidades e comportamentos da pessoa, juntamente com a observação de seus sintomas, com base em critérios específicos estabelecidos pelos manuais diagnósticos, como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) ou a Classificação Internacional de Doenças (CID-11).

Embora a causa exata do autismo ainda seja desconhecida, acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

Para enfrentar esses desafios, uma abordagem multidisciplinar é fundamental, e a intervenção alimentar desempenha um papel crucial.

Existem diversas estratégias de terapia nutricional exploradas no contexto do TEA. Abaixo, você saberá quais são os melhores alimentos para quem tem autismo e entender como podem contribuir para melhorar os sintomas relacionados, além dos benefícios que uma intervenção adequada na alimentação pode trazer para a qualidade de vida e bem-estar das pessoas que têm TEA.

 

  1. Alimentação natural

A utilização de alimentos naturais tem sido apontada como uma estratégia eficaz no tratamento do autismo.

As abordagens dietéticas atuais recomendam evitar ou eliminar substâncias que possam contribuir para o TEA, como aditivos alimentares (conservantes, corantes, adoçantes artificiais), pesticidas, organismos geneticamente modificados, além de reduzir o consumo elevado de açúcar e alimentos processados.

É indicado substituir esses itens, sempre que possível, por uma alimentação orgânica, livre de aditivos químicos, e com ênfase no consumo de alimentos frescos e não processados (legumes, frutas, castanhas, sementes, fontes de proteínas animais, entre outros).

No entanto, caso não seja possível, o consumo de vegetais mesmo não orgânicos é essencial.

 

  1. Dieta sem glúten e sem caseína 

A eliminação combinada de glúten (uma proteína presente em grãos como trigo, centeio e cevada) e caseína (uma proteína encontrada em produtos lácteos) tem sido recomendada como uma abordagem nutricional para o tratamento de pacientes com autismo.

Isso ocorre devido ao fato de que a digestão desses nutrientes libera peptídeos opióides que podem levar à diminuição da glutationa, um agente antioxidante e radioprotetor, resultando em estresse oxidativo e liberação de citocinas que contribuem para a inflamação no trato gastrointestinal, bem como sintomas de desconforto nos pacientes.

Em um recente estudo de coorte randomizado, uma dieta isenta de glúten, caseína e soja, com duração de 12 meses e acompanhada de suplementos adicionais, mostrou-se eficaz na melhoria do estado nutricional e do quociente de inteligência não verbal na maioria dos indivíduos com TEA.

Vale ressaltar que antes de eliminar qualquer nutriente da alimentação, a consulta com um nutricionista é fundamental.

 

  1. Alimentação rica em alimentos probióticos

Existem cada vez mais indícios sugerindo que a composição da microbiota intestinal desempenha um papel crucial no desenvolvimento e funcionamento normal do sistema nervoso, bem como na predisposição a distúrbios neuropsíquicos, como o autismo.

Portanto, a utilização de suplementos probióticos foi identificada como uma estratégia promissora para o tratamento do TEA, uma vez que esses microrganismos interagem com a microbiota intestinal, podendo regular a permeabilidade intestinal, melhorar o desequilíbrio da flora intestinal, reduzir a inflamação e até mesmo mitigar os problemas comportamentais. Alimentos para quem tem autismo fonte de probióticos (e que não contenham também caseína) incluem kombucha, chucrute, missô, tempeh, entre outros.

 

  1. Adequação de micronutrientes

Pacientes com TEA frequentemente apresentam deficiências de vitaminas e minerais. Acredita-se que a deficiência simultânea de várias vitaminas possa ser uma das causas da disbiose intestinal em indivíduos autistas. Por isso, é importante procurar um nutricionista de sua confiança para adequar a alimentação.

Quando necessário, a suplementação de micronutrientes tem sido apontada como uma estratégia promissora. Estudos anteriores indicaram que a suplementação de ácido fólico resultou em melhorias na comunicação verbal em pacientes autistas, enquanto o aumento dos níveis de vitamina C levou a uma redução significativa do estresse oxidativo.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.
LOPES, NC. Como deve ser a alimentação para quem tem autismo? Nutritotal Pro. 07 de março de 2022. Disponível em: https://nutritotal.com.br/pro/como-deve-ser-a-alimentacao-para-quem-tem-autismo/

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