12 tipos mais comuns de pimentas e benefícios à saúde

Veja no post de hoje os tipos mais comuns de pimentas e os benefícios das pimentas para a saúde.

 

Pimenta é o nome popular dado aos frutos e condimentos obtidos de várias plantas pertencentes aos gêneros Capsicum L. e Piper L., de sabor geralmente picante.

Capsicum L. é o gênero de plantas cujos frutos mais conhecidos são as variedades doces, como os pimentões, e as variedades picantes, como as pimentas biquinho, cambuci, dedo-de-moça, habanero, jalapeño, entre outras.

Já o gênero Piper L. compreende mais de 2000 espécies, sendo a Piper nigrum a mais conhecida, dando origem às pimentas preta (ou pimenta-do-reino), branca, vermelha e verde.

 

Tipos mais comuns de pimentas

Diversos pratos doces e salgados ganham um toque super especial com a adição da especiaria.

Cada uma das pimentas do gênero Capsicum L recebe um grau de ardência de acordo com a Escala de Scoville. A ardência e a sensação de calor das pimentas desse gênero são atribuídas ao alto teor de capsaicina.

Já as pimentas do gênero Piper nigrum não entram nessa classificação por não conter capsaicina em sua composição, mas sim a piperina, responsável pelo seu sabor característico levemente picante.

Veja quais são os tipos mais comuns de pimentas, sua utilização e grau de ardência:

 

1. Pimenta-preta ou pimenta-do-reino (Piper nigrum): obtém a sua cor preta devido à secagem e fermentação de frutos verdes. Super versátil, de sabor e aroma suaves e ardência leve, essa pimenta pode ser utilizada no preparo de carnes, no cozimento, em marinadas, sopas, saladas com legumes e verduras, em omeletes e suflês.

 

2. Pimenta-verde (Piper nigrum): de ardência mais leve que a pimenta-preta, a pimenta-verde é simplesmente o fruto verde da planta Piper nigrum que não foi submetida a fermentação e manteve a sua cor natural. É ideal para um toque levemente apimentado. Combina com molhos para carnes.

 

3. Pimenta-branca (Piper nigrum): também fruto da Piper nigrum, as pimentas-brancas são feitas a partir de frutos maduros. A cor branca é obtida por imersão de frutos maduros em água e remoção da pele. É a pele que contém mais piperina, por isso a pimenta-branca é mais suave que a pimenta-preta. A pimenta branca harmoniza em pratos como sopas, purês de batata, peixes, frangos, carne de porco, suflês e molhos.

 

4. Pimenta-vermelha ou pimenta-rosa (Schinus terebinthifolia): é obtida a partir dos frutos secos da planta aroeira-vermelha e tem características de sabor e aroma totalmente diferentes das pimentas de Piper nigrum. Tem sabor frutado, parecido com o sabor do zimbro, mas mais suave. O aroma também é frutado e com notas de pinho. Apesar de se chamar pimenta, não é ardida. Pode ser usada inteira ou moída, em pouca quantidade, em função do aroma predominante. Inteiras, vão bem em pratos quentes, da marinada ao cozimento. Já moídas, finalizam saladas.

 

5. Pimenta-biquinho (Capsicum chinense): saborosíssima e com ardência bem leve, a pimenta-biquinho é muito usada para decorar pratos, mas também muito bem-vinda no preparo de molhos, peixes e carnes.

 

6. Pimenta Cambuci (Capsicum baccatum): muito aromática e saborosa, a pimenta Cambuci tem ardência super leve e harmoniza muito bem no preparo de carnes em geral, arroz, recheada com queijo, entre outros, sendo consumida mais comumente em conserva.

 

7. Pimenta-de-cheiro (Capsicum chinense adjuma): com ardência leve, é muito utilizada em pratos com carnes, peixes e arroz, agregando sabor e aroma sem tornar o prato picante. No Centro-Oeste brasileiro é praticamente obrigatória no empadão goiano e nas pamonhas salgadas.

 

8. Pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum): na sua forma seca conhecida como pimenta calabresa, a pimenta dedo de moça é um dos tipos de pimentas mais comuns do Brasil. Têm ardência leve e confere muito sabor e aroma em molhos, carnes, pratos mexicanos, italianos e indianos, carnes bovinas, frutos do mar, ovos, sopas, caldos, queijos e geleias.

 

9. Pimenta Habanero (Capsicum chinense Habanero): extremamente picante, mais ardida que a pimenta malagueta, a pimenta Habanero deve ser usada com moderação para realçar o sabor e acrescentar ardência a sopas, saladas, recheios de tortas, pastéis e omeletes. Também pode ser usada no preparo de molhos, geleias, pastas, picles e chutneys. Seu sabor levemente frutado pode ser acentuado grelhando os frutos, o que também contribui para diminuir o ardor.

 

10. Pimenta Caiena (Capsicum annuum Cayenne): Deve o seu nome à cidade de Caiena (Cayenne), capital da Guiana Francesa, local de onde se origina. Muitas vezes, a pimenta Caiena é confundida com a pimenta dedo-de-moça, que é muito semelhante em aparência, mas um pouco mais comprida e fina do que a primeira variedade. Além disso, a pimenta-caiena é um pouco mais picante do que a dedo-de-moça, segundo a escala Scoville, que classifica a ardência das pimentas.

 

11. Pimenta Jalapeño (Capsicum annum jalapeño): a pimenta Jalapeño é um dos tipos de pimentas mais comuns da culinária mexicana e tem nível de ardência médio, semelhante à pimenta dedo de moça.

 

12. Pimenta Malagueta (Capsicum frutescens malagueta): com ardência média à forte, a pimenta Malagueta é utilizada no preparo de molhos de feijoada, pratos baianos, carnes, sopas e molhos cremosos.

 

Benefícios das pimentas para a saúde

As pimentas podem ser utilizadas para fins medicinais e culinários sob a forma de especiaria ou em molhos, enquanto que os pimentões e até mesmo a pimenta Cambuci, são geralmente usados como hortaliça ou vegetal.

As pimentas contêm muitas vitaminas e minerais, no entanto, não contribuem significativamente para atingir as necessidades diárias, uma vez que a quantidade consumida geralmente é muito baixa.

No entanto, as pimentas contêm inúmeros compostos bioativos, em especial, a capsaicina e a piperina, responsáveis pelos benefícios das pimentas para a saúde, tais como:

 

• Aumenta a biodisponibilidade da curcumina: a piperina, composto presente nas pimentas do gênero Piper nigrum, ajuda a aumentar a biodisponobilidade da curcumina, um composto, por sua vez, encontrado na cúrcuma ou açafrão da terra, com diversos benefícios, como você pode conferir no post “10 benefícios da cúrcuma para a saúde”.

 

• Auxilia a digestão: a piperina e capsaicina auxiliam na secreção dos sucos digestivos, como o gástrico, o pancreático e o intestinal, melhorando a digestão dos alimentos.

 

• Tem ação antiinflamatória: além da capsaicina e da piperina, as pimentas são fonte de diversas substâncias antioxidantes que fortalecem o sistema imunológico, prevenindo o aparecimento de câncer, por exemplo.

 

• Auxilia no tratamento de depressão de ansiedade: a piperina parece ter um efeito antidepressivo, auxiliando na neurotransmissão de serotonina e dopamina.

 

• Descongestionante nasal: a capsaicina é uma das responsáveis por essa reação por aumentar a termogênese corporal, auxiliando na congestão nasal.

 

• Embora não auxilie no emagrecimento, é uma ótima opção de tempero in natura: apesar da capsaicina aumentar a termogênese e o metabolismo, não é de forma significativa. No entanto, as pimentas são ótimos temperos para incrementar diversas receitas saudáveis para diversificar o cardápio, auxiliando na aderência à uma alimentação equilibrada.

 

Contraindicações

Apesar dos diversos benefícios das pimentas para a saúde, nem todas as pessoas podem consumi-las.

Pessoas que tem hipertensão ou problemas gastrointestinais, como gastrite, úlcera, hemorroidas, fissuras ou lesões devem evitá-la, já que seus compostos, se em excesso, pode funcionar como um agente agressor das mucosas.

Ao contrário do que muito se acredita, não é proibido consumir pimenta na gravidez. O alimento não traz nenhum prejuízo ao desenvolvimento do bebê, ou na produção do leito materno durante a amamentação. No entanto, se consumido em exagero pode ocasionar alguns problemas comuns na gravidez, como azia e gastrite.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.