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Alimentação saudável custa caro?

Alimentação saudável custa caro

Muitas vezes, uma alimentação saudável é considerada como algo caro, por pessoas que pretendem mudar seus hábitos alimentares. Mas será mesmo que alimentação saudável custa caro?

Uma alimentação baseada em preparações caseiras, utilizando alimentos da estação, na verdade, pode ser mais barata e saudável do que refeições e alimentos prontos para o consumo.

A impressão de que alimentação saudável custa caro vem da ideia de que, para ter uma alimentação saudável, é preciso investir em alimentos específicos, raros ou importados, como farinhas de castanhas, blueberries, sal do Himalaia, e por aí vai.

Mas não é nada disso. Alimentação saudável é simples. É, nada mais, nada menos, que comida de feira.

 

Alimentação saudável custa caro?

A percepção de que alimentação saudável custa caro pode estar relacionada à divulgação da mídia de que determinados alimentos são mais benéficos à saúde ou efetivos para a perda de peso, em detrimento de outros.

Mas a verdade é que não existem alimentos insubstituíveis, muito menos, milagrosos.

Nem todos os alimentos de um mesmo grupo podem estar com o seu preço elevado. Principalmente quando adquiridos durante a sazonalidade ou em locais com menos intermediários para comercialização.

 

A ideia de que alimentação saudável custa caro é um mito, e existem várias estratégias para tornar a alimentação saudável próxima da realidade de todos:

 

  1. Adquirir os alimentos em locais com menos intermediários para comercialização

Sacolões, varejões, feiras, pequenos agricultores urbanos e lojas que comercializam alimentos direto dos agricultores, são ótimas opções.

Aqui na Boomi, por exemplo, você pode fazer o seu pedido online e receber em casa. Ou ir até a feira orgânica mais próxima da sua região.

Importante ressaltar que nem sempre alimentos orgânicos têm um preço mais elevado do que os não orgânicos.

Como também, caso não seja possível adquirir alimentos orgânicos, o consumo dos não orgânicos ainda é válido, pois os benefícios dos seus nutrientes à saúde superam os possíveis os malefícios dos pesticidas.

 

  1. Levar comida de casa

Outra forma de manter uma alimentação saudável no dia a dia, mesmo comendo fora de casa, é optar por levar a comida de casa para o trabalho.

 

  1. Organização

Para manter uma alimentação saudável a organização é fundamental. Principalmente para quem passa o dia todo fora de casa.

Algumas opções práticas para a semana, possíveis de preparar em, no máximo, 2 horinhas de um domingo, são: carne moída, frango desfiado, carne de panela com batata e legumes, arroz, feijão, legumes assados ou refogados, sopas, entre outros. Mais sugestões no nosso caderno de receitas “Para congelar e facilitar a semana”.

 

  1. Optar pelos alimentos da estação

Alimentos da estação, ou alimentos sazonais, são aqueles cujo cultivo e colheita se dão naturalmente, na época do ano mais propícia, quando as condições climáticas e do solo estão adequadas. Além de serem mais nutritivos, precisam de menos intervenções agrícolas, baixando o seu custo de produção.

Outra vantagem em adquirir os alimentos da estação, é que é uma ótima estratégia para variar a alimentação, o paladar, e adquirir novas habilidades culinárias.

Consulte o calendário de sazonalidade nos sites da Central de Abastecimento (Ceasa) de sua região.

 

  1. Pesquise por receitas com os alimentos da estação

Uma forma de estar sempre inovando o cardápio é experimentar diferentes alimentos e formas de fazer.

Se houver algum alimento da estação nunca consumido, e que não se sabe como consumir, uma sugestão é inserir o seu nome na busca do nosso banco de receitas, e escolher uma dentre as mais de 600 opções. Substitua o que precisar. Invente. Pesquise. Não existe certo e errado. Quando o assunto é cozinhar, o céu é o limite.

 

  1. Pesquise sobre os alimentos e seus usos culinários

Para substituir os alimentos de forma adequada, pesquisar o seu valor nutricional e usos culinários, é fundamental.

Isso é importante para saber como substituir alimentos de um grupo, ou ingredientes, optando pelo que estiver com menor custo.

Um exemplo básico de como os grupos de alimentos podem ser divididos, é:

 

  • Vegetais (fontes de fibras, vitaminas e minerais): frutas, legumes e verduras em geral.
  • Cereais (fonte de carboidratos/amido): arroz, aveia, milho, trigo, pão, macarrão.
  • Tubérculos (fonte de carboidratos/amido): batata, batata-doce, mandioca, mandioquinha, inhame, cará.
  • Leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja
  • Gorduras: azeitona, azeite, castanhas, óleos vegetais, sementes.
  • Lácteos: leite, queijos, iogurte, coalhada.
  • Proteína animal: ovos, carnes, aves, peixes, suínos
  • Proteína vegetal: soja e a combinação de cereais + leguminosas na proporção de 2:1 (2 colheres de sopa de arroz, por exemplo, para 1 de feijão).

 

Uma refeição completa deve conter vegetais e os três macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras. Bastando escolher um de cada grupo para compor as refeições.

O prato deve ser montado com 50% com vegetais, 25% com carboidratos e 25% com proteínas. Gorduras, com moderação, para o tempero dos vegetais e preparo dos alimentos.

Sugerimos o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. E também o nosso blog, onde você encontra diversos posts de qualidade sobre alimentação saudável.

Se possível, procurar um bom nutricionista para uma orientação individual, seria um ótimo investimento. Mesmo em apenas uma consulta é possível adquirir um conhecimento que será levado para a vida toda.

 

  1. Aposte nas PANC’s

PANC é a sigla para Plantas Alimentícias Não Convencionais.

As PANCs são espécies de plantas com partes comestíveis como talos, flores, folhas, brotos, rizomas, sementes, cormos, raízes e tubérculos, que dão um sabor super especial aos pratos.

Em geral, são espécies de plantas que não necessitam de grandes cuidados, sofrem menos impacto das mudanças climáticas e são independentes do sistema de cultivo, pois nascem sozinhas e se adaptam em diferentes ambientes.

São muito cultivadas em hortas de escolas, hortas comunitárias, parques, jardins, muitas vezes, brotam espontaneamente em parques ou em canteiros nas calçadas, e podem ser facilmente cultivadas em casa.

Veja a lista com as PANC’s mais comuns, e onde encontrá-las, no post “PANC’s: conheça as plantas alimentícias não convencionais”.

 

  1. Cuidado com algumas “promoções”

Não é raro se deparar no mercado com promoções enganosas.

Então, para verificar se tal alimento ou produto realmente está custando menos, vale fazer a conta: dividir o valor do produto pelo peso e comparar.

 

  1. Alguns alimentos parecem caros, mas não são

1 quilo de amendoim a granel, por exemplo, custa 20 reais. Já um salgadinho convencional de 84g custa, em média, 6 reais, o equivalente a 72 reais o quilo.

 

  1. Ao optar por uma alimentação mais caseira, economiza-se no delivery

Se antes o jantar era delivery de pizza duas vezes na semana, ao optar por uma versão caseira em um desses dias, já estará economizando, e muito.

 

  1. Invista em hortas caseiras ou na vizinhança

Se houver tempo e disponibilidade, vale investir em pequenas hortas caseiras, ou pela vizinhança.

Temperos naturais, como alecrim, manjericão, salsinha, cebolinha e pimentas, por exemplo, podem ser facilmente plantados em casa, em vasinhos – além de ser uma linda decoração.

Alguns materiais que indicamos:

 

Conclusão

Infelizmente, existem pessoas sem acesso a uma alimentação adequada e saudável. Nesse caso, pode ser difícil adquirir alimentos de qualidade, mesmo os de menor preço. Por isso, políticas públicas e ações sociais em prol dessa população, são tão importantes.

Este post é apenas para desmistificar a ideia de que alimentação saudável custa caro, pois muitas pessoas desejam ter hábitos mais saudáveis, mas acreditam que o custo seria elevado, o que não é verdade.

 

Referências

Ministério da Saúde. Desmistificando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição. Material de Apoio para Profissionais de Saúde. Universidade Federal de Minas Gerais. Brasília – DF. 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/desmistificando_duvidas_sobre_alimenta%C3%A7%C3%A3o_nutricao.pdf

Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília – DF. 2014. 2ª ed. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

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