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Mitos e verdades da nutrigenética, além de seus benefícios

Mitos da nutrigenética, você sabe quais são?

A nutrigenética é uma ferramenta que pode favorecer o acompanhamento nutricional personalizado. Mas para isso, é preciso conhecer quais são os mitos da nutrigenética e conhecer a verdade por trás deles.
Ela pode trazer respostas sobre o:

  • Porque você engorda mais que outra pessoa tendo estilo de vida parecido.
  • Porque sua absorção de nutrientes é diferente de outra pessoa.
  • Porque você precisa mais de ômega 3 que outra pessoa.

Tudo porque somos únicos, exclusivos e merecemos um tratamento personalizado!

Os benefícios em utilizar a nutrigenética são os seguintes:

  1. È uma informação exclusiva do (a) paciente! Isso torna o tratamento único!
  2. Maiores chances de ser assertivo (a) com os pacientes e priorizar os principais riscos observados.
  3. Maior convencimento dos pacientes sobre o próprio DNA.
  4. Como a genética não é destino, é sim possível modularmos a expressão dos genes pelo padrão de dieta saudável.

O que não pode faltar numa consulta de nutrigenética?

  1. Objetivos específicos: O profissional se vê com muitas informações por causa dos laudos, mas sempre será importante prioridades nos objetivos.
  2. Mensurar os resultados: Para avaliar as conquistas dos pacientes é preciso realmente ter certeza de que ele entendeu o exame genético.
  3. Metas atingíveis: Basta escutar bem o paciente e logo você saberá o quanto ele tem de disposição de mudar. Lembre-se que o “padrão do hábito” fará a diferença.
  4. Informações relevantes: Se você identificar alguma informação relevante para o paciente, traduza de maneira simples, mas não oculte (a menos que ele não queira saber).
  5. Respeite o tempo: Cada um tem o tempo certo para as adaptações e cada um merece ser tratado como exemplar genômico único.

5 mitos sobre a nutrigenética:

  1. “Somente um polimorfismo é o suficiente para avaliar riscos para DCNT, como obesidade, câncer, DM2 e DCV.”
    Alterações poligênicas e multifatoriais precisam ser avaliadas em suas respectivas complexidades.
  2. “Exames de nutrigenéticas são diagnósticos.”
    Os exames de Nutrigenética são preditivos e não diagnósticos.
  3. “A nutrigenética não tem validação científica.”
    Inúmeros estudos, sejam observacionais ou de intervenção que mostram a relevância dessa informação. Pesquisas em modelos básicos e em humanos.
  4. “Todos os profissionais estão preparados para trabalhar com Nutrigenética.”
    Muitos sabem ler, mas poucos sabem interpretar e traduzir em plano alimentar personalizado.
  5. “Posso usar qualquer teste genético.”
    È importante que o teste seja focado no seu público ou nicho. Nem todo exame com poucos polimorfismos é ruim, assim como nem todo que tem muitas avaliações é melhor.

5 mitos sobre os testes de nutrigenética:

  1. Apenas informações do laudo são suficientes para personalizar o plano alimentar;
  2. Os “rs” não são importantes porque o que vale é a análise do score genético ou risco poligênico;
  3. Quando o paciente compra o exame na internet, não apresenta riscos, afinal, são informações preditivas;
  4. Os exames são todos padronizados e, por isso, não há dúvidas na interpretação deles;
  5. Quanto maior for o número de variantes genéticas analisadas, melhor.

5 verdades pra cada um dos 5 mitos:

  1. O exame genético é uma ferramenta e precisa ser avaliado em conjunto com uma boa anamnese + exames bioquímicos + antropometria + microbiota…;
  2. O score genético ou avaliação de risco poligênico é maravilhosa, mas ainda assim, conhecer os “rs” sempre serão essenciais;
  3. Nem todas as pessoas estão preparadas para olhar seus resultados e aplicar. O acompanhamento profissional habilitado e especialista no assunto é fundamental;
  4. Os exames são diversos e cada empresa pode ou não oferecer assessoria científica. Pesquise isso antes de decidir por alguma opção!
  5. Nem sempre o que é demais, é bom. (Como assim Tati?). Pois, existem vários SNPs sem validade clínica, sem evidência científica… melhor um conjunto com embasamento que uma infinidade sem associação significativa.

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Texto escrito por: Tatiane Fujii – CRN 31282

Possui graduação em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo (2010). Mestrado em Ciências pelo Programa de Nutrição em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública – USP (2013). Doutorado em Ciências pelo Programa de Nutrição em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública – USP (2018). MBA em Gestão Empresarial pela FGV (2021). Tem experiência na área de Nutrição, atuando principalmente nos seguintes temas: nutrigenética, nutrigenômica, polimorfismos genéticos, nutrição personalizada.

São Paulo – SP
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