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Alimentos Diet e Light: qual a diferença?

Alimentos Diet e Light

Os termos diet (ou zero) e light são utilizados com frequência nas embalagens dos alimentos, por isso compreender a diferença entre eles é fundamental. Afinal, muitas vezes, busca-se por alimentos diet e light com a finalidade de perder peso ou controlar a glicemia, no entanto, não necessariamente são isentos em calorias ou açúcares, motivo pelo qual não devem ser consumidos indiscriminadamente.

Alimentos diet e light recebem essas denominações conforme parâmetros definidos pela ANVISA. Veja quais são esses parâmetros e entenda melhor as suas diferenças e utilidades.

 

Alimentos diet ou zero

Os alimentos diet ou zero são aqueles formulados para grupos específicos da população, que têm alguma restrição alimentar.

Por isso, apresentam na sua composição quantidades insignificantes ou isentas de calorias ou determinado nutriente, como açúcares, gorduras e sódio.

Por exemplo, alimentos diet ou zero açúcares para diabéticos, alimentos sem sódio para hipertensos, alimentos zero calorias para quem precisa perder peso, entre outros.

Barras de chocolate diet, por exemplo, contém adoçantes naturais (sorbitol, maltitol, entre outros) ou artificiais (sucralose, aspartame, sacarina, acesulfame de potássio, etc.) em detrimento do açúcar de mesa (sacarose). Porém, conta com uma quantidade maior de gorduras para chegar à textura desejada, o que torna seu valor calórico maior que uma barra de chocolate convencional.

Portanto, nem todos os alimentos que recebem a denominação “diet” ou “zero” são necessariamente formulados para o controle de peso corporal.

Daí a importância em saber interpretar o rótulo dos alimentos.

Portanto, para que um alimento seja considerado “diet” ou “zero açúcares”, “zero gorduras”, “zero sódio”, “zero calorias”, e por aí vai, segundo as portarias 27/1998 e 29/1998 da ANVISA, as quantidades máximas permitidas são:

 

  • Açúcares: deve conter no máximo 0,5g de sacarose, frutose ou glicose a cada 100g ou 100mL.

 

  • Gorduras totais: deve conter no máximo 0,5g de gorduras totais a cada 100g ou 100mL.

 

  • Gorduras saturadas: deve conter no máximo 0,1g de gordura saturada a cada 100g ou 100mL.

 

  • Sódio: deve conter no máximo 5mg de sódio a cada 100g ou 100mL.

 

  • Calorias: deve conter no máximo de 4kcal a cada 100g ou 100mL.

 

Tendo isso em vista, se o desejo é perder peso, além de seguir uma alimentação balanceada, o ideal é optar por um alimento “zero calorias” em detrimento de um alimento “zero açúcares”.

Em relação aos alimentos “zero lactose”, a portaria 460/2020 determina que sigam o critério de até 100mg por 100g ou 100mL. A isenção de lactose nos alimentos é alcançada por meio da adição da enzima lactase, que quebra a lactose em glicose e galactose.

 

Alimentos light

Os alimentos light, segundo a portaria 27/1998 (ANVISA), são aqueles que possuem redução de, pelo menos, 25% de determinado nutriente (açúcar, gordura, colesterol, sódio, entre outros) ou calorias, em comparação a um alimento convencional.

Na mesma lógica dos alimentos diet ou zero, não significa que se o alimento for light em açúcares, necessariamente terá seu valor calórico reduzido.

Por exemplo, um requeijão com redução de 30% de gordura, em relação ao convencional, é considerado light. E o mesmo vale para a redução do açúcar, do sódio e das calorias.

 

Alimentos diet e light: atenção ao consumi-los

Como falamos anteriormente, os alimentos diet e light não são obrigatoriamente isentos em calorias e açúcares, ou benéficos para todo mundo, por isso devem ser consumidos com cautela.

Mesmo porque esses alimentos reformulados não são necessariamente saudáveis ou benéficos à saúde. O açúcar, por exemplo, geralmente é substituído por adoçantes artificiais.

Os produtos zero gordura, podem levar fibras solúveis para manter sua textura, o que acaba aumentando o processamento desse alimento. Inclusive, alguns rótulos apresentam a mensagem “fonte de fibras” (por conter o mínimo de 3g/100g ou 1,5g/ml em fibras), quando o ideal é obtê-las na sua forma in natura, através das frutas, legumes e verduras.

A publicidade por trás desses produtos alega diversas vantagens, como “fonte de fibras”, “menos calorias”, “adicionado de vitaminas e minerais”, aumentando as chances de que sejam vistos como saudáveis pelas pessoas.

Os alimentos diet e light, ainda que sejam uma boa alternativa para as pessoas que têm certas patologias, são ultraprocessados e devem ser evitados como recomenda o Guia Alimentar Para a População Brasileira.

Mesmo as pessoas para os quais se destinam, devem ter como base da alimentação a boa e velha comida de verdade (com as devidas adaptações, é claro, que deve ser feita por um nutricionista), como também ler o rótulo dos alimentos com atenção, observando se há algum ingrediente que seja prejudicial.

Por isso, saber interpretar o rótulo dos alimentos é fundamental. Inclusive, fizemos um post sobre como interpretar o rótulo dos alimentos que vale a pena a leitura.

Se precisar, procure um nutricionista para te auxiliar.

 

Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.

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