Os derivados da mandioca e seus benefícios

Conheça nesse post os derivados da mandioca e seus benefícios. 

Mandioca, também conhecida como macaxeira ou aipim é uma raiz, apelidada de “rainha do Brasil”.  Dela originam-se variados produtos com diferenças regionais, como farinhas, caldos, bebidas fermentadas e destiladas. Até a sua folha é aproveitada.

Alimento importantíssimo na cultura indígena desde antes do descobrimento do Brasil, é até hoje a base da alimentação em alguns estados brasileiros.

Ela nunca deve ser consumida crua, pois pode gerar intoxicação e causar sintomas como vômito, enjoo, dores de estômago e de cabeça.

A mandioca é um alimento muito versátil, que costuma fazer parte de diferentes receitas salgadas e doces. É ingrediente de muitas receitas tradicionais, como a vaca atolada, o escondidinho de mandioca com carne seca, bolo cremoso de mandioca e o pirão, uma mistura de caldo de carne cozida com a farinha de mandioca.

A mandioca frita também faz muito sucesso em diversas regiões do Brasil. Mas nessa forma de consumo, se aproveita menos os nutrientes do alimento e se ingere gorduras saturadas, que são prejudiciais à saúde.

 

Benefícios da mandioca

Excelente fonte de energia, o alimento in natura cozido contém 125 calorias e 30g de carboidratos em 100g. Ela melhora a digestão e o funcionamento do intestino, reduz inflamações e fortalece o sistema imune.

Tem potente ação antioxidante, que além de proteger contra doenças do envelhecimento, reduz a ação de radicais livres, prevenindo de doenças.

É benéfica para a saúde cardiovascular, por ser rica em potássio e conter fibras, além de zinco, o magnésio, o cobre, o ferro e o manganês. Ajuda a combater a artrite, pois contém substâncias que têm ação anti-inflamatória e analgésica.

Tem ainda alto teor de amido resistente, que evita os picos de açúcar no sangue e contribui para aumentar a sensação de saciedade, ajudando assim a moderar o apetite e controlar o peso.

Ela fortalece o sistema imunológico, já que é uma boa fonte de vitamina C e rica em folato, que contribuem para o fortalecimento do sistema imune. Eleva os níveis de serotonina e também contém ácido fólico, por isso ajuda a melhorar o humor e no controle do estresse.

Essa raiz também faz bem para a pele, é um alimento rico em polifenóis, principalmente o resveratrol, que retarda os efeitos da radiação ultravioleta na pele. É rica em fósforo, que ajuda a combater o cansaço e a fadiga, e cálcio, que melhora a saúde óssea.

 

Derivados da mandioca

Agora que você já conhece os benefícios da mandioca, confira 6 derivados dessa raiz tão consumida pelos brasileiros.

 

Farinha de mandioca:

A farinha é o mais popular da mandioca, consumida no Brasil inteiro. Para obtê-la, a mandioca depois de colhida é lavada e ralada. Depois vai para a prensa, de onde é retirada a umidade e parte do amido. Depois disso é tostada em tachos direto no fogo até ficar seca e crocante, pronta para o preparo de farofas.

Existe também a versão farinha d’água, na qual a mandioca descansa de 1 a 6 dias na água antes de ser ralada, seca e tostada. Nesse processo ela fermenta e o resultado é uma farinha de mandioca de sabor mais ácido e mais dura e seus grãos têm tamanho variado.

No norte do País, as farinhas de grãos maiores são hidratadas para obter uma textura mais macia.

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Polvilho:

O polvilho é o amido finíssimo obtido por decantação da mandioca ralada, prensada e lavada. Trata-se de uma fécula nutritiva que pode ser encontrado como doce e azedo.

Para preparo do polvilho azedo, o líquido obtido da mandioca é fermentado até 20 dias, adquirindo assim um sabor azedinho. É o ingrediente essencial do pão de queijo.

Já o polvilho doce é mais adequado para o preparo de biscoitos.

Recomendado: Polvilho Azedo Orgânico Coopernatural

Polvilho Doce Orgânico Coopernatural

 

Tapioca:

A tapioca é feita com a fécula extraída da goma (blocos ainda úmidos do polvilho de mandioca), também usada para engrossar caldos como o tacaca.

Quando seca, ela vira aquela farinha que pode ser moldada e recheada. Há também a tapioca granulada, usada no preparo de bolos, pudins e dadinhos. Um dos derivados da mandioca muito consumido no país.

Outra versão é o sagu de mandioca moldado em bolinhas e muito consumido no sul do Brasil. Geralmente é cozido no vinho tinto.

Recomendado: Tapioca de Mandioca Orgânica Rancho Biju

 

Massa de mandioca:

A massa de mandioca (ou massa de carimã) é feita da raiz ralada, peneirada e prensado para retirar seus sucos. Muito popular no Nordeste, sua produção é essencialmente artesanal. Serve de base para receitas de pães e bolos. O mais conhecido é o bolo Souza Leão da época de D. Pedro II. Geralmente é encontrada em feiras livres.

 

Tucupi:

Muito comum no Norte do Brasil, é a base de pratos como moqueca paraense, pato no tucupi e tacaca. É um caldo intenso e amarelo de sabor ácido marcante.

Obtido da fermentação da manicuera, liquído que sai na prensagem da massa de mandioca brava. Por ser uma espécie venenosa de mandioca, este caldo precisa ser fervido para garantir a evaporação do ácido cianídrico e assim se tornar apto para o consumo.

 

Maniva:

Um dos derivados da mandioca é o Maniva, uma iguaria bastante apreciada e encontrada na regido Norte do Brasil. É uma pasta obtida da trituração das folhas da mandioca que geralmente são desprezadas.

Como é feita das folhas da mandioca brava, que concentram a maior parte do ácido cianídrico, deve ser fervida por até sete dias sem parar para tornar-se apta para o consumo.

Depois disso o ingrediente é usado como base da maniçoba, prato tradicional paraense que leva carne de porco e por isso, é conhecida como a feijoada sem feijão. É um grande e rico cozido geralmente servido com arroz branco e farofa.

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Texto escrito por: Fernanda Furmankiewicz – CRN 6042

Fernanda Furmankiewicz é nutricionista clínica formada pela USP com 25 anos de atuação profissional, com experiência em relações mais saudáveis através da comunicação. Profissional de saúde e nutrição, permeando diversos segmentos.

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