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7 dicas para melhor conservar os alimentos
Alguns alimentos estão estragando na geladeira? Separamos para você 7 dicas para melhor conservar os alimentos e ter ingredientes saudáveis sempre à disposição.
Claro que consumir alimentos frescos é muito melhor pelo seu sabor e textura. Mas se você perceber que estão a ponto de estragar na geladeira, congelar esses alimentos ou, às vezes, cozinhá-los de uma vez, são ótimas maneiras para “salvá-los” e evitar o desperdício. Pensando nisso, separamos para você 7 dicas para melhor conservar os alimentos.
7 dicas para melhor conservar os alimentos
- Branqueamento
Quando cortamos os vegetais, enzimas responsáveis pelo seu escurecimento (que, na verdade, fazem parte da “cicatrização” do vegetal, já que foi cortado) são liberadas e suas características sensoriais, como textura, cor, sabor e aroma, são perdidas nesse processo. Ao branqueá-los, a alta temperatura inativa essas enzimas e o alimento mantém sua cor, aroma e sabor originais.
Se a ideia é refogar os legumes em cubos, por exemplo, vale a pena fazer o branqueamento antes de congelar.
O branqueamento é uma técnica que consiste em provocar um choque térmico nos vegetais. Primeiro, basta descascar os vegetais, lavar e cortar em pedaços de mesmo tamanho. Depois, imergir em água fervente (quando já tiver levantado fervura) por ~1 minuto e, em seguida, mergulhar imediatamente em água gelada para interromper o cozimento. Para armazená-los no freezer, basta secar os vegetais com um pano seco ou papel toalha e colocar em sacos plásticos a vácuo, apenas retirando o excesso de ar.
Se for um vegetal naturalmente mais mole ou em tamanho pequeno, como o chuchu e a vagem, vale deixar entre 30 segundos e 1 minuto em água fervente para não os cozinhar demais. Já vegetais mais firmes, como a mandioca, a mandioquinha e o brócolis podem ficar até 2 minutos em água fervente.
Para utilizar os alimentos branqueados nas preparações, basta retirá-lo do freezer e colocar diretamente na panela para serem cozidos ou refogados.
Em geral, o branqueamento é utilizado para congelar vegetais como a abóbora, brócolis, cenoura, mandioca, mandioquinha, milho, vagem, couve-flor e beterraba.
- Vegetais que são congelados diretamente crus
Para alguns vegetais não faz muito sentido serem branqueados, já que uma textura mais molenga após o descongelamento não afetará as preparações.
Folhas, como a couve e todas as frutas (abacate, banana, morango, manga, mamão, entre outras) podem ser congelados crus e o ideal é tirar do freezer e ir direto para a preparação.
Por exemplo, as frutas congeladas podem ir para o liquidificador para fazer sucos, vitaminas e cremes. Enquanto as folhas e vegetais podem ir direto para a panela e serem cozidos ou refogados, principalmente em sopas.
Uma dica legal para os temperos, como salsão, salsinha e cebolinha, é congelá-los imersos no azeite e em uma fôrma de gelo. Ao fazer a preparação, basta destacar um cubo e adicionar. Os óleos têm a capacidade de reter o sabor e aroma das ervas e assim a receita também fica com essas características mais acentuadas.
- Vegetais que podem ser congelados totalmente cozidos.
Os vegetais que podem ser congelados já cozidos, são aqueles que serão usados em caldos ou purês, já que não há necessidade de preservar uma textura mais sólida. É o caso da abóbora, batata, batata-doce e espinafre, por exemplo.
Mesmo assim, é importante retirar o excesso de água. O espinafre, por exemplo, pode ser refogado ou cozido no microondas e, ao retirar o excesso de água, fazer bolinhas com as folhas e o talo, que fica bem molinho, e armazenado em saquinhos.
Já o arroz pode ser congelado e descongelado normalmente no microondas ou banho-maria sem que sua textura seja afetada.
- Alimentos que não lidam bem com o congelamento
Outro ponto importante que vale estar nessa lista de dicas para conservar os alimentos é que, produtos lácteos não lidam bem com o congelamento. Por exemplo, preparações feitas com creme de leite ou requeijão, que são ricos em proteína. Quando congeladas, essas proteínas coagulam e, ao descongelar, a textura fica aguada e com pequenos coágulos que não retornam à sua forma anterior.
- Armazene os vegetais em sacos para conservá-los na geladeira
A grande maioria dos microrganismos se desenvolvem na umidade e é justamente por isso que o ambiente da geladeira é seco.
Então deixar os vegetais expostos na geladeira, sem proteção, faz com que ela absorva a sua água. Principalmente vegetais mais sensíveis, como as folhas, tomate, manga, berinjela, abobrinha, morango, entre outros.
Na Boomi você encontra sacos em materiais específicos para cada tipo de vegetal que ajuda a conservá-los melhor, clique aqui para conferir.
Além disso, o ideal é que fiquem guardados nas partes de baixo da geladeira, onde a temperatura não é tão alta.
- Cortou a fruta, não comeu tudo e não quer que ela escureça? Acidifique o meio
As enzimas que comentamos no primeiro tópico também são sensíveis ao pH, assim como os microrganismos, que se desenvolvem melhor em um pH próximo ao neutro.
Então vamos supor que você cortou uma maçã e não comeu inteira.
Basta tornar o meio ácido. Ou seja, esfregar limão nas suas partes que estão expostas e guardar. Ou também colocá-la em um recipiente contendo água e gotas de limão.
- Como conservar as carnes na geladeira
Quando se trata de alimentos úmidos, como carnes, aves e peixes, pode-se fazer uma marinada no limão. Como o seu pH é ácido, freará o desenvolvimento de microrganismos, já que se desenvolvem melhor na umidade e em pH neutro. E utilizar o limão irá acidificar o meio. Além disso, o pH ácido amacia a proteína e, ao prepará-la, sua textura ficará bem mais macia.
O sal, embora seja um conservante natural, não deve ser utilizado para conservar as carnes na geladeira, pois ele retira a água da carne por osmose, fazendo com que ela perca sua umidade e fique dura ao ser preparada.
Outra saída também é cozinhá-las. Assim, parte da água é retirada, fazendo com que o alimento dure um pouco mais.
Conclusão
Em geral, alimentos congelados podem durar até 3 meses no freezer.
O consumo de frutas, legumes, verduras, grãos e proteínas é essencial para uma boa saúde, por isso devem estar sempre presentes na alimentação.
Em contrapartida, são muito perecíveis, o que pode dificultar o consumo constante se temos uma vida corrida.
Então, esperamos que essas dicas para conservar melhor os alimentos, te ajude a manter uma alimentação saudável com muito mais praticidade no seu dia a dia e sem desperdícios (para o planeta e para o seu bolso).
Livia Freitas e Fernanda Furmankiewicz (CRN/SP 6042) – Nutrição e Curadoria da Boomi.
